O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo reporte mensal de oferta e demanda nesta sexta-feira (8) e atendeu às expectativas do mercado com redução das produtividades de soja e milho, bem como suas estimativas de produção para ambas as culturas.
“O relatório é considerado altista para soja, com forte corte de produtividade da soja dos EUA reduzindo em 3,3 milhões de toneladas a produção total do país. Com isso, os estoques americanos e globais ficaram menores, trazendo suporte as cotações em Chicago”, afirmam os analistas de mercado da Pátria Agronegócios. A consultoria afirmou também que “para o milho, relatório pode ser considerado de neutro a altista. No lado positivo aos preços, redução da produção americana devido a corte de produtividade, o que reduziu o estoque final dos EUA. No lado negativo, novo corte realizado nas importações chinesas”.
SOJA EUA
No caso da soja, o rendimento caiu de 59,52 sacas por hectare estimadas em outubro para 57,95 neste reporte de novembro. Assim, a safra de soja dos EUA passou de 124,7 para 121,4 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais de soja norte-americanos também vieram menores do que os de outubro, caindo de 14,97 para 12,79 milhões de toneladas.
As áreas plantada e colhida da soja ficaram inalteradas neste reporte, enquanto o mercado esperava uma leve redução na colhida.
SOJA MUNDO
A produção mundial foi revisada para baixo diante da safra menor sendo esperada nos EUA, com o a estimativa do USDA caindo de 428,92 para 425,4 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais globais passaram de 134,65 para 131,74 milhões de toneladas.
Ainda no cenário mundial, o USDA elevou sua projeção para as exportações de soja do Brasil de 105 para 105,5 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais no ano comercial (norte-americano) 2024/25 passaram de 34,01 para 33,51 milhões de toneladas. As importações de soja da China também ficaram inalteradas, ainda esperadas em 109 milhões de toneladas.
MILHO EUA
Sobre o milho, a produtividade foi revisada de 192,28 para 191,55 sacas por hectare, o que fez a colheita ser corrigida de 386,17 para 384,65 milhões de toneladas. Os estoques finais, por sua vez, foram revisados de 50,78 para 49,23 milhões de toneladas. Além disso, o USDA ainda trouxe as exportações norte-americanas do cereal para cima, passando de 58,42 para 59,06 milhões de toneladas.
MILHO MUNDO
O USDA revisou sua estimativa para a produção mundial de milho de 1.217,19 para 1.219,4 bilhão de toneladas, porém, reduziu os estoques finais de 306,52 para 304,4 milhões de toneladas.
A produção brasileira ainda é estimada em 127 milhões de toneladas, mas as exportações do Brasil tiveram sua projeção levemente reduzida, passando de 49 para 48 milhões de toneladas.