SÃO PAULO (Reuters) – A segunda safra de milho do Brasil em 2023/24 foi estimada nesta segunda-feira em 92,9 milhões de toneladas, recuo de 600 mil toneladas, ou 0,64% na comparação com a previsão divulgada em junho, de acordo com estimativa da consultoria StoneX.
Com isso, a produção total de milho do Brasil em 2023/24 foi estimada em 121,18 milhões de toneladas, versus 121,75 milhões na previsão do mês anterior.
Isso se compara a um recorde histórico de 139,47 milhões de toneladas na temporada passada, quando o clima favoreceu e a área plantada foi maior.
“O clima mais seco que o normal em grande parte da região produtora continuou afetando negativamente as lavouras, com reduções de produtividade em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins”, disse a consultoria, em relatório.
Por outro lado, o rendimento em Mato Grosso do Sul registrou um ajuste positivo.
Em relação ao balanço de oferta e demanda, disse a StoneX, houve um pequeno recuo nos estoques finais estimados para a safra 23/24, que ficaram em 14,32 milhões de toneladas, em decorrência da produção menor.
“Destaca-se que essa queda dos estoques foi amenizada por um ajuste positivo da safra 22/23, resultado de uma revisão na safrinha do Mato Grosso do Sul, o que reforçou os estoques de passagem para o ciclo atual.”
A StoneX manteve projeção de exportação de milho de 40 milhões de toneladas, ante recorde de 54,6 milhões no ciclo passado, “em meio ao cenário de menor excedente exportável”.
A StoneX não alterou os números da safra de soja em relação a junho, mantendo a previsão em 149 milhões de toneladas, queda de 6% em relação ao recorde do ano passado.
(Por Roberto Samora)