Os futuros do açúcar fecharam esta sexta-feira (25) com variações negativas nas bolsas de Nova York e Londres, após a Unica informar um aumento de 1,93% da produção do adoçante no Centro-Sul do Brasil. Com isso, as cotações encerram a semana muito próximas da estabilidade.
Contudo, segundo Mauricio Muruci, analista de mercado da Safras & Mercado, apesar de haver uma tendência de baixa em curso, o encaminhamento para o final da safra brasileira ajuda a segurar os preços.
“A moagem de cana está avançando, a produção de açúcar está avançando, só que está em direção ao término da safra. Então, se mói cada vez menos no comparativo com a quinzena anterior, embora no ano ainda apareçam vantagens. Esse encaminhamento da safra para o seu término, ainda que falte bastante tempo, está mantendo os preços sustentados”, explica o Muruci.
Apesar disso, de acordo com o analista, tem uma tendência de queda em curso, que mantém as máximas cada vez menores do açúcar bruto em Nova York. Então, essa tendência de queda está sendo misturada com os fundamentos que estão ajudando a sustentar os preços. Assim, com observa Muruci, isso explica por que os preços estão se mantendo ao redor dos 22 cents/lbp há algumas semanas.
Além disso, o analista aponta que o retorno das chuvas nos canaviais do Centro Sul está beneficiando muito a margem da cana, o que vai representar um vetor de baixa nos preços ao longo das próximas semanas. Segundo ele, na Ásia também tem um prolongamento das chuvas que vai ajudar o canavial de lá a se desenvolver para a safra nova que está começando.
Preços no mercado internacional
No fechamento desta sexta-feira, o contrato março/25 de Nova York registrou uma leve queda de 0,06 cents (-0,27%), sendo cotado a 22,14 cents/lbp. O maio/25 recuou 0,05 cents (-0,24%), fechando a 20,45 cents/lbp. O julho/25 teve uma baixa de 0,02 cents (-0,10%), negociado a 19,57 cents/lbp, enquanto o outubro/25 caiu 0,01 cents (-0,05%), cotado a 19,35 cents/lbp.
Na variação semanal, o março/25 registrou uma ligeira baixa de 0,04 cents (-0,18%), saindo de 22,18 cents/lbp. O maio/25 subiu 0,01 cents (+0,05%), partindo de 20,44 cents/lbp. O julho/25 avançou 0,06 cents (+0,31%), começando a semana a 19,51 cents/lbp, enquanto o outubro/25 subiu 0,08 cents (+0,41%), partindo de 19,27 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 perdeu US$ 2,80 (-0,49%), fechando a US$ 566,20 por tonelada. O março/25 caiu US$ 2,30 (-0,40%), sendo negociado a US$ 574,80 por tonelada. O maio/25 registrou uma leve baixa de US$ 1,60 (-0,28%), fechando a US$ 566,70 por tonelada, enquanto o agosto/25 recuou US$ 1,10 (-0,20%), cotado a US$ 548,90 por tonelada.
No acumulado da semana, o dezembro/24 permaneceu praticamente estável, com uma leve queda de US$ 0,40 (-0,07%), partindo de US$ 566,60 por tonelada. O março/25 recuou US$ 0,30 (-0,05%), saindo de US$ 575,10 por tonelada. O maio/25 avançou US$ 0,60 (+0,11%), começando a semana a US$ 566,10 por tonelada, enquanto o agosto/25 teve um aumento de US$ 1,00 (+0,18%), partindo de US$ 547,90 por tonelada.
Mercado interno
Conforme o que mostra o indicador Cepea Esalq, o açúcar cristal branco, em São Paulo, está cotado em R$ 158,26/saca, com aumento de 0,23%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 158,49/saca, após desvalorização de 2,03%. O cristal empacotado, em São Paulo, vale R$ 16,1799/5kg, com alta de 0,10%. O refinado amorfo subiu 0,61% e está cotado em R$ 3,6127/kg. O VHP permanece com preço de R$ 112,81/saca.