Açúcar recua forte nas bolsas de NY e Londres nesta 3ª feira com melhora na safra das origens

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Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (19) com forte queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi pressionado pelas informações de melhora na condição da safra de importantes origens produtoras Também houve pressão de realização de lucros.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 2,35% no dia, cotado a 21,64 cents/lb, com máxima em 22,22 cents/lb e mínima de 21,48 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante caiu 1,29%, a US$ 619,90 a tonelada.

O mercado do açúcar trabalhou em queda desde a manhã desta terça-feira com atenção dos operadores para dados mais positivos sobre o desenvolvimento da safra do Centro-Sul do Brasil e das origens asiáticas, que vinham sendo impactadas pelo fenômeno El Niño.

“Os negociantes disseram que o mercado está sob pressão devido a uma melhora no final da colheita na Índia e na Tailândia”, destacou a agência de notícias Reuters. Depois do Brasil, as origens asiáticas ocupam parcela importante do abastecimento global do adoçante.

Também há sinais mais positivos ao Brasil. “As chuvas também estão previstas para retornar ao cinturão açucareiro no maior produtor brasileiro [Centro-Sul] na próxima semana”, complementou a agência. Depois de recorde em 2023/24, há diversas preocupações com o novo ciclo.

Uma das mais recentes estimativas de moagem de cana-de-açúcar, da consultoria Datagro, prevê a moagem no Centro-Sul no Brasil no ciclo 2024/25 em 592 milhões de toneladas acompanhando o cenário climático. O volume representa uma queda de 9,8% ante o recorde do ciclo anterior.

Os preços do açúcar também sentiram alguma pressão de realização de lucros no dia. No financeiro, os preços do petróleo tiveram alta moderada nesta terça-feira, o que dá algum suporte. O dólar fechou praticamente na estabilidade ante o real.

MERCADO INTERNO

O mercado spot do açúcar voltou a reagir nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), o impulso veio do aquecimento na demanda para negociações a pronta-entrega, que elevou parcialmente a liquidez. Do lado da oferta, a disponibilidade de cristal seguiu restrita, sobretudo a de tipos de melhor qualidade, como o Icumsa 150. 

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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,42 a saca de 50 kg com alta de 0,16%.

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 165,98 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,26 c/lb com valorização de 0,18%.

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