O aumento da tarifação da importação do nitrato de amônio de 0 para 15% pleiteado, mas ainda não aprovado, continua no radar do mercado, porém, sem grandes chances de avançar e, consequentemente, de causar impactos nas próximas safras. Segundo especialistas do setor ouvidos pelo Notícias Agrícolas, a pauta está na agenda das esferas competentes para outubro.
No entanto, há uma forte mobilização do setor produtivo, com diversas entidades posicionadas buscando garantir que a mudança na alíquota não seja efetivada. Assim, até que a decisão seja oficializada, há diversas perspectivas no mercado, inclusive de como uma definição como esta poderia mudar as estratégias dos produtores para as próximas temporadas, em especial para os principais consumidores da matéria-prima, como são as culturas da cana-de-açúcar e do café.
A produção nacional de nitrato de amônio, em 2023, foi de menos de 20% do consumo do produto, o que mostra que o Brasil ainda é bastante dependente das importações da matéria-prima.
“O que se entende agora é que a pauta do fertilizante se mantém em discussão e que, sim, existe a possibilidade de que a tarifa seja implementada. Contudo, não houve um ofício legal sobre o ocorrido. Seguimos monitorando a situação”, informa a equipe da Agrinvest Commodities.
Ainda assim, seus especialistas não acreditam que mesmo com a informação se concretizando e as taxas subindo, a área de milho não deverá sofrer uma redução em função deste fator especificamente. “Não acreditamos na redução, pois o milho não é um grande consumidor de nitrato de amônio”, afirma o time da Agrinvest.
Nesta semana, até este momento, os preços dos fertilizantes nitrogenados, ainda de acordo com a Agrinvest Commodities, pouco se movimentaram. “As ofertas de ureia recebidas estão na casa dos US$ 360/t CFR Brasil”.