SÃO PAULO (Reuters) – A colheita da segunda safra do Brasil na temporada 2023/24 atingiu 82,56% do total cultivado até esta sexta-feira, avanço de 2,9 pontos percentuais em relação à semana anterior, com o ritmo dos trabalhos no nível mais adiantado da história, enquanto o tempo seco acelera a maturação após um plantio precoce, de acordo com levantamento da consultoria Pátria AgroNegócios.
Na mesma época em 2023, o volume colhido chegava a 57,65% do total cultivado, versus 71,25% em 2022. Na média dos últimos cinco anos, o índice de colheita é de 62,59% para este período.
Enquanto o ritmo de colheita está acelerado, o tempo seco gera preocupações de uma safra menor do que a esperada.
“Relatos de campo indicam redução agressiva das produtividades observadas nos talhões agora em colheita. O milho agora em maturação no centro do país enfrentou seca desde meados de abril”, afirmou o diretor da consultoria, Matheus Pereira.
A estimativa de colheita da segunda safra, segundo avaliação da Pátria AgroNegócios, está em cerca de 86 milhões de toneladas, recuo de 15,9% na comparação com o recorde do ano passado.
A safra será menor por conta de uma queda de 6,6% na área plantada, para 16 milhões de hectares, mas principalmente por conta da redução na produtividade, de 10%, para 5,36 toneladas por hectare, segundo previsão da consultoria.
Em Mato Grosso, maior produtor, os trabalhos estão quase finalizados, enquanto no Paraná 83% da safra já foi colhida. Em Goiás, produtores colheram 89% do total, em Minas Gerais, 72%, enquanto em Mato Grosso do Sul, 60%.
(Por Roberto Samora)