As projeções da safra de grãos brasileira que são divulgadas por Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) muitas vezes são imprecisas, além de divergentes, de acordo com o que afirmou o economista Antônio da Luz, no Conexão Campo Cidade. Para ele, isso ocorre por conta da falta de um orçamento adequado disponibilizado a esses órgãos.
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Com uma experiência de 25 anos trabalhando como economista, Antônio da Luz destacou a importância de números para tomada de decisão. “Quando a gente tem todos os dados coletados, tomar decisão é difícil. Agora, quando não temos os dados corretos, acertar fica muito mais difícil ainda”, opinou.
Essa situação afeta o produtor rural, pois Conab e IBGE levantam os dados muito mal, como ele avaliou, por falta de dinheiro. O questionamento do economista, então, é sobre a possibilidade de unificar a verba dos órgãos: “será que se a gente juntasse esses orçamentos, nós não teríamos um resultado melhor?”.
Antônio da Luz também cita como deficiência do Brasil a falta do uso de imagens de satélite com qualidade. O economista afirmou que em maio de 2004 o governo começou um processo de mapeamento por imagem de satélite, mas não deu o andamento adequado e pouco se evoluiu nos últimos 20 anos.
“Será que é tão caro fazer um negócio desse? Será que essa informação sendo vendida já não se pagaria, quando bem levantada?”, questionou. “Nós não estamos tendo levantamentos de safra minimamente aderentes ao que se observa na realidade”, completou.
