O segundo levantamento realizado pela DATAGRO Grãos para a safra de soja 2023/24 da América do Sul estima uma produção de 222,343 milhões de toneladas, aquém das 231,280 mi de t apontadas no levantamento anterior, mas 15% superior ao volume colhido na safra 2022/23, de 194,098 mi de t; acima também do recorde registrado na temporada 2020/21, de 198,482 mi de t.
Para a área, prevê-se 68,669 milhões de hectares, um pouco acima dos 68,263 mi de ha apontados na projeção de setembro. Em caso de confirmação, ficaria 6% superior ao recorde de 64,887 mi de ha colhidos na revisada safra 2022/23.
“A exemplo da safra anterior, tivemos evolução homogênea de incrementos da área semeada, com aumentos em todos os países do bloco, especialmente na Argentina, pela expectativa de mudança política e econômica”, analisa Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.
O potencial de produção do Brasil, maior produtor global da oleaginosa, é de 152,882 mi de t, recuo de 4% sobre o recorde de 159,233 mi de t registrado na safra 2022/23. Projeta-se o 17º ano consecutivo de ampliação na área de soja, passando de 44,684 mi de ha para 45,364 mi de ha.
Os números da Argentina indicam boa recuperação na área plantada após três anos consecutivos de forte recuo, saindo de 16,000 mi de ha para 17,200 mi de ha e, se o clima não atrapalhar, a área colhida poderá ser de 16,800 mi de ha, ante 14,357 mi de ha na temporada 2022/23. O potencial de produção é de 51,000 mi de t, o que representaria crescimento de 137% ante a safra anterior.
Em relação à área colhida do Paraguai, a DATAGRO Grãos mantém a estimativa em 3,550 mi de ha, contra 3,415 mi de ha em 2022/23; a produção, em função do clima dominantemente regular, deve ser de 10,990 mi de t, no somatório das safras de verão e de inverno, ante 9,250 mi de t em 2022/23.
Para a Bolívia, o levantamento indica que a área pode alcançar um novo recorde, passando de 1,571 para 1,605 mi de ha; a produção está estimada em 3,771 mi de t, 17% acima da safra atual.
Para o Uruguai, projeta-se 1,350 mi de ha, incremento de 10,2% na comparação com a área plantada no ciclo 2022/23. O potencial produtivo está previsto em 3,700 mi de t, volume 311% superior à desastrosa produção do ano que passou, o que seria um novo recorde histórico.