A quarta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,75 e R$ 62,05.
O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 57,75 com elevação de 0,21%, o julho/24 valeu R$ 57,84 com valorização de 0,42%, o setembro/24 foi negociado por R$ 59,08 com ganho de 0,14% e o novembro/24 teve valor de R$ 62,05 com alta de 0,19%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que as indicações para o segundo semestre já são melhores do que os spot neste momento e tendem a ficarem ainda melhores.
“A própria B3 já mostra R$ 4,00 de diferença a mais entre as posições de maio e de novembro. Mas ainda continua patinando porque o mercado ainda não está olhando a safrinha efetiva, que é uma safrinha muito menor do que a do ano passado”, afirma Brandalizze.
A análise da Agrinvest acrescentou ainda o papel da alta do dólar e a preocupação com o clima mais seco na região Central e estados do MS, PR e SP para os próximos dias, como criadores de um importante suporte para a valorização dos preços na B3.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve resultados positivos neste meio da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Sorriso/MT e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
Os analistas da Agrinvest destacam que, após um avanço nas vendas de milho na última semana, “o ritmo de comercialização já demonstra enfraquecimento, pela desvalorização do dólar, que saiu de quase R$ 5,30 para R$ 5,15, mantendo a postura mais tranquila dos compradores. O lado vendedor também está mais cauteloso, já que com o clima voltando a ficar mais seco, especialmente no PR e MS, as preocupações sobre uma quebra de safra voltam ao radar”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão de quarta-feira registrando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,37 com desvalorização de 5,25 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,48 com perda de 4,00 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,58 com baixa de 2,75 pontos e o dezembro/24 teve valor de US$ 4,72 com queda de 2,00 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última terça-feira (23), de 1,19% para o maio/24, de 0,88% para o julho/24, de 0,60% para o setembro/24 e de 0,42% para o dezembro/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sucumbiram a uma rodada de vendas técnicas na quarta-feira que levou a perdas moderadas, à medida que o progresso do plantio continua no Centro-Oeste esta semana, criando uma pressão sazonal de baixa.
Além disso, a publicação destaca que a produção de etanol continuou a diminuir depois que a EIA (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos) informou uma média diária de 954.000 bushels na semana até 19 de abril.
“Essa foi a segunda semana consecutiva em que o volume não atingiu a referência de 1 milhão de barris por dia e foi o menor total semanal desde meados de janeiro”, aponta Jacqueline Holland, analista da Farm Futures.
Antes do relatório de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), divulgado na manhã de quinta-feira, os analistas esperam que a agência mostre vendas de milho variando entre 16,7 milhões e 49,2 milhões de bushels na semana encerrada em 18 de abril.