A terça-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuavam na faixa entre R$ 57,05 e R$ 68,13 após recuarem por volta de 0,5%.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 57,05 com perda de 0,58%, o setembro/24 valeu R$ 60,35 com queda de 0,25%, o novembro/24 foi negociado por R$ 64,11 com desvalorização de 0,59% e o janeiro/25 teve valor de R$ 68,13 com baixa de 0,21%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, aponta que segue acreditando na melhora dos preços do milho na B3, mas uma melhora que deverá vir apenas após a colheita da segunda safra de milho brasileira.
“Do final de julho em diante, que aí vamos ter a disputa pelo grão que estiver na praça. Nesse momento como ainda é o início da colheita da safrinha é normal que o mercado pressione para baixo e é esse o momento”, diz.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações negativas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícola encontrou valorização apenas em Palma Sola/SC, enquanto as desvalorizações apareceram nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
A análise da Grão Direto desta que “o Sul e partes do Sudeste brasileiro podem ter preços melhores devido ao que a Conab já tem chamado de quebra de safra, em função da falta de chuvas. Em contrapartida, o cereal no centro-oeste deve passar por uma pressão nos preços devido a um volume adequado de produção”.
Os analistas da consultoria acrescentam que o que será mandatório é a demanda pelo grão. “Para os vencimentos mais longos temos um milho cotado na B3 a R$65,00/saca (novembro/2024), entretanto, o alto valor desse preço futuro coloca apenas um prêmio de risco sobre a cotação, não mensurado, pelo menos não de forma significativa, a demanda interna e para exportação”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a terça-feira se encerra com os preços internacionais do milho futuro levemente recuados neste pregão.
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,42 com queda de 1,00 ponto, o setembro/24 valeu US$ 4,48 com desvalorização de 1,00 ponto, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,62 com baixa de 0,75 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,74 com perda de 0,75 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (03), de 0,23% para o julho/24, de 0,22% para o setembro/24, de 0,16% para o dezembro/24 e de 0,16% para o março/25.
Segundo informações da Agrinvest, os futuros do milho operaram em leve queda na CBOT com os mercados se equilibrando entre a boa demanda por milho dos Estados Unidos na temporada 23/24 ao mesmo tempo em que o plantio acelerado e boas condições de lavouras trazem pressão ao cereal.
“Ontem o USDA trouxe pela primeira vez os dados de condições de lavouras para o milho 24/25 e as condições boas ou excelentes ficaram em 75%, 5 pontos percentuais acima das estimativas do mercado. Nesse contexto, mesmo com uma área menor podemos ver uma boa produção para o milho norte-americano na nova temporada”, dizem os analistas da Agrinvest.