A expetativa de uma safra global maior e a Argentina com a oferta além do estimado diminuíram a sustentação dos preços internacionais. No Brasil, o baixo volume de negociação interna e os preços convergindo às cotações internacionais acompanharam as perdas externas.
Segundo o Cepea, as cotações médias no Paraná recuaram em um mês. Na última semana de janeiro, a tonelada do cereal encerrou em R$ 1.248, queda de 0,83% no período.
No estado do Rio Grande do Sul, os preços do produto tiveram maiores quedas, em relação aos últimos 30 dias. O trigo gaúcho é cotado por volta de 1.180/t, queda de 3,6% em função da qualidade inferior encontrada pelos compradores.
Segundo a última atualização da Conab o balanço de trigo no Brasil teve um ligeiro alívio em função do aumento das importações. Do lado da produção, a autarquia, diminuiu em 0,6% a estimativa, somando em oito milhões de toneladas, sendo a menor oferta dos últimos dois anos, não considerando a disponibilidade do cereal de qualidade, o que pioraria ainda mais quadro de suprimento doméstico do cereal. Com a diminuição da oferta, as importações devem ganhar força.
Segundo o último relatório, serão adquiridas 6,2 milhões de toneladas, aumento de 3,3% frente à atualização de dezembro, e 37,4% maior do que no ano anterior. Do lado do nosso maior fornecedor de trigo, a Argentina, houve surpresa, com números melhores do que o esperado com a finalização da colheita.
Segundo a Bolsa de Cereales, a produção de trigo totalizou 15,1 milhões de toneladas, aumento de 22,1% frente à última safra. O mercado esperava um número próximo ao que foi a safra anterior em função das intempéries climáticas.