O Sul de Minas, onde as chuvas chegaram um pouco mais cedo em comparação com o cerrado mineiro, tem indicado sinais promissores para a safra de café arábica na região, que pode superar a colheita do ano passado. No Brasil, o preço médio da saca do arábica encerrou fevereiro 2,2% acima de janeiro, com preços médios acima de R$ 1.000/sc, de acordo com o indicador CEPEA.
Embora as estimativas para a safra brasileira de 2024 variem, há um viés de crescimento em relação ao ano anterior. Seguindo a série histórica do USDA, estimamos que a produção brasileira de café deva atingir 69,4 milhões de sacas, um aumento de 4,6%, sendo 46,2 milhões de sacas de arábica e os 23,1 milhões de sacas de conilon.
Diante do aumento projetado para a safra brasileira em 2024, o balanço global de oferta e demanda por café tenderá a ficar menos pressionado. O Itaú BBA estima em 4,6 milhões de sacas o superávit entre a produção e o consumo mundial em 2024/25, após ter sido de 1,9 milhões de sacas em 2023/24.
O relatório também destaca a boa relação de troca atual entre café e fertilizantes, sendo um momento oportuno para o produtor adquirir o insumo nas mínimas históricas desta relação.