A firmeza das cotações domésticas – garantida pela combinação de dólar em alta e preços recuperando na Argentina – garantiu uma melhora na dinâmica de comercialização de trigo no Brasil.
No Rio Grande do Sul, foram reportados negócios entre R$ 1.320/R$ 1.350 a tonelada no CIF moinho, dependendo da qualidade. No FOB, entre R$ 1.250 e R$ 1.300 a tonelada. Destaque também para negócio de trigo branqueador de safra nova a R$ 1.350/tonelada no FOB.
“O produtor segue pouco flexível em relação a preços, tendo como principal respaldo para essa postura o longo período até o ingresso de grãos novos no mercado gaúcho”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento.
No Paraná, a pedida do produtor fica próxima a R$ 1.400/tonelada. Os moinhos seguem indicando interesse a R$ 1.350/tonelada CIF moinho. “A tendência segue sendo de firmeza nas cotações”, acrescenta Bento.
Na Argentina, a base de compra para trigo do país com 11,5% de proteína é US$ 230/tonelada no FOB. Para embarque em junho/24, a indicação é de US$ 230/232/tonelada na compra e a US$ 260/tonelada na venda. A paridade de importação no interior do Paraná fechou a quinta-feira em R$ 1.367/tonelada e no do Rio Grande do Sul a R$ 1.354/tonelada.
O Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, estima a área para 5,9 milhões de hectares em 2023/24. A superfície é igual ao estimado em março e ao cultivado na safra anterior. A colheita de trigo na Argentina, com totalidade da área já colhida, aponta para uma produção final de 15,9 milhões de toneladas.