SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil tem potencial de aumentar a produção de café para cerca de 70 milhões de sacas na temporada 2024/25, com colheita no atual ano calendário, o que seria um crescimento de 4,5 milhões de sacas na comparação com o ano anterior, de acordo com avaliação da consultoria Safras & Mercado.
“A ideia preliminar de Safras é que o Brasil colha perto de 70 milhões de sacas neste ano (safra 2024/25), sendo 47 de arábica e 23 de canéfora (conilon+robusta)”, disse a empresa de análises em relatório.
A colheita de café no Brasil começa em geral entre abril e maio, com os grãos canéforas entrando primeiro no mercado em relação aos arábicas.
A Safras informou também que estimativa da produção brasileira de café 2023/24 foi revisada para baixo para 65,5 milhões de sacas, versus 66,65 milhões de sacas anteriormente.
A produção de arábica foi revisada para cima, de 43,5 milhões para 43,8 milhões de sacas, mas a safra de conilon foi diminuída na estimativa de 23,15 milhões para 21,7 milhões de sacas.
A consultoria também disse que ajustou para cima a estimativa da safra 2022/23 do Brasil, agora indicada em 61,1 milhões de sacas, contra 58,9 milhões de sacas que eram estimadas anteriormente.
Segundo o consultor Gil Barabach, chama a atenção o volume de café ainda na mão do produtor. E essa percepção é bastante visual dentro de armazéns e a partir de depoimentos de produtores em importantes regiões produtoras, de acordo com a nota.
“O mais interessante é que não é só café colhido em 2023, mas também de safras mais antigas, especialmente de 2022. E isso acaba fundamentando um ajuste no quadro de oferta e demanda de café para o Brasil, que começa com os números de produção”, explicou.
(Por Roberto Samora)