Seguro agrícola é indispensável para enfrentar clima cada vez mais instável

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que, de janeiro a maio de 2024, as contratações de seguro rural atingiram R$ 5,2 bilhões em arrecadações, um aumento de 5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a procura pelo seguro pecuário cresceu 71,9%, com total arrecadado de R$ 54,4 milhões, contra R$ 31,6 milhões registrados no ciclo de 2023.

Os números demonstram a preocupação de agricultores e pecuaristas com as mudanças climáticas extremas que atingem o país. De acordo com Thays Moura, sócia-fundadora da Agree, eventos imprevisíveis causam grandes prejuízos ao agronegócio e podem ser fatais para produtores. “Além de questões relacionadas ao clima, como chuvas, enchentes e queimadas, existem ainda pragas e doenças que podem afetar as colheitas ou danos ao maquinário. Buscar um bom seguro pode ser determinante para manter as operações no campo”, sugere.

O serviço funciona como uma apólice tradicional, adaptado para cobrir possíveis perdas: destruição das plantações devido a geadas, tempestades, vendavais, etc; pragas e doenças, como infestações de insetos ou fungos; incêndios, inundações e outros desastres naturais. Para cada finalidade, há opções voltadas a resguardar o patrimônio do produtor – com garantia de uma produção mínima, mesmo em caso de quebra; ou a quitação do financiamento agrícola feito para compra de uma máquina, por exemplo.

Thays destaca a importância de avaliar os riscos da propriedade e conhecer os tipos de proteção para escolher a que melhor atende às demandas do negócio. “Um dos principais erros na contratação é não verificar detalhadamente as coberturas. Muitas vezes, o produtor acredita estar protegido contra todos os perigos, mas descobre no momento de um sinistro que determinados eventos não estavam incluídos na apólice. Por isso, é essencial ler atentamente as exclusões e limitações; além de verificar, por exemplo, se inclui danos causados por situações específicas como incêndio de causa interna ou de furtos”, alerta.

Para a contratação, as seguradoras costumam ter algumas exigências, como o fornecimento de dados sobre a área plantada e o tipo de cultura; histórico de produtividade; e

Fotos: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

informações relacionadas às práticas agrícolas, referente ao uso de tecnologia e manejo do solo, por exemplo. Além disso, classificam zonas de risco, que influenciam no cálculo do prêmio e das condições da apólice. “Regiões com maior exposição a riscos climáticos geralmente têm custos mais elevados”, explica.

O governo federal, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), oferece subsídios que podem reduzir os custos. “Verifique junto à seguradora se ela está habilitada no programa e as condições para utilizar esse benefício. É importante também escolher uma empresa experiente e qualificada que tenha um bom histórico no mercado. Uma consultoria especializada pode ajudar nessa decisão e também na revisão das cláusulas contratuais”, indica.

O produtor deve comparar também o valor do prêmio, custo anual e a franquia entre as diferentes opções disponíveis. “Avaliar o custo-benefício para encontrar uma opção que se ajuste ao orçamento sem comprometer a proteção necessária. Essa análise cuidadosa ajuda a evitar surpresas e a garantir que o serviço atenda às necessidades reais da propriedade”, finaliza.

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