O mercado da soja intensificou suas perdas na Bolsa de Chicago e, por volta de 11h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 7 a 12,50 pontos nos contratos mais negociados. Assim, o março tinha US$ 12,36 e o maio a US$ 12,46, este último – referência importante para a safra brasileira – também já perdendo o patamar dos US$ 12,50 por bushel. Os preços aprofundaram as perdas mesmo depois da revisão da produção do Brasil pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na manhã de hoje. O número da instituição saiu de 160,2 para 155,3 milhões de toneladas.
“Cortes superficiais da safra brasileira pela Conab não afetam o mercado soja. E o relatório do USDA deve vir no mesmo sentido, mantendo a pressão sobre as cotações”, afirma o time da Pátria Agronegócios em seu informe diário.
Em semana de novos dados da Conab e do novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que chega nesta sexta-feira, 12 de janeiro, o mercado da soja segue se ajustando. As expectativas são de que venha um corte na safra brasileira diante de todos os problemas climáticos que se acumulam nos campos de soja. Todavia, as expectativas são de um corte pouco agressivo, apesar de todas as consultorias privadas estarem fazendo ajustes consideráveis em seus números, com projeções perto de 150 milhões de toneladas. Algumas empresas ainda apontam para uma colheita acima disso.
Até que os números sejam confirmados e a colheita no Brasil avance um pouco mais, o mercado na CBOT permanece caminhando de lado, porém, ainda testando o lado negativo da tabela.
Além da safra brasileira, as boas perspectivas para a Argentina são outro fator de pressão sobre as cotações, bem como o movimento de outras commodities. Nesta quarta-feira, além da soja em grão, voltam ainda a recuar os futuros do farelo, do milho e do trigo.