Soja & Milho: USDA deve trazer cortes na safras do BR, mas Chicago opera de lado à espera dos números

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As leves altas continuam permeando o mercado da soja na Bolsa de Chicago na tarde desta quinta-feira (12). Perto de 13h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,25 e 6,75 pontos, com o março valendo US$ 12,39 e o maio, US$ 12,50 por bushel. Desde o início do dia os preços caminham de lado, porém, do lado positivo da tabela, depois de baixas acumuladas nas últimas sessões.

“O mercado freia suas perdas, enquanto volta seu foco para os dados de reporte do USDA. Clima seco e quente volta a ser realidade em algumas regiões do Brasil”, informa o reporte semanal de Pátria Agronegócios. E para o boletim desta sexta-feira, 12 de janeiro, do Departamento de Agricultura dos Estados, as expectativas maiores estão sobre os novos números das safras da América do Sul. 

“O USDA traz três novos relatórios nesta sexta – o mensal de oferta e demanda, o de estoques trimestras e o de plantio de trigo de inverno. Os traders estão mais ansiosos pelas novas estimativas de soja e milho da América do Sul”, afirma o analista de mercado chefe do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman. 

Não diferente da soja, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago também operam com estabilidade, aguardando os novos números do USDA, com sinalizações de retomadas importantes, por exemplo, da produção da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário, nesta semana, projetou a colheita argentina do cereal em 59 milhões de toneladas. 

Assim, perto de 13h55, as cotações recuavam levemente, perdendo entre 2 e 3 pontos, com o março valendo US$ 4,58 e o julho, US$ 4,79 por bushel. No trigo, cenário semelhante e preços perdendo pouco mais de 5 pontos nas posições mais negociadas, com o março sendo cotadoa a US$ 6,05 e o maio, US$ 6,17 por bushel. 

EXPECTATIVAS PARA O USDA

AMÉRICA DO SUL

SOJA – As expectativas do mercado para a safra de soja do Brasil variam de 151 a 161 milhões de toneladas, com média de 156,26 milhões. A média, confirmada, seria maior do que o último número da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de 155,3 milhões. Em dezembro, o USDA estimou 161 milhões. Para a Argentina, o intervalo esperado pelo mercado é de 48 a 51 milhões de toneladas, com média de 48,87 milhões, ligeiramente maior do que o estimado no mês passado, de 48 milhões. Na safra anterior, a colheita argentina foi de apenas 25 milhões de toneladas. 

MILHO – As projeções para a safra milho do Brasil a ser estimada pelo USDA nesta sexta têm média de 125,33 milhões de toneladas – em um intervalo de 117 a 129 milhões de toneladas. Há um mês, a estimativa do departamento americano era de 129 milhões de toneladas. Para a Argentina, os números são esperados entre 53 e 56 milhões de toneladas, com média de 54,78 milhões. No boletim de dezembro, o USDA estimou 55 milhões de toneladas. 

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