Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem trabalhando com estabilidade na sessão desta quarta-feira (3), porém, passando para o lado positivo da tabela. Os preços subiam, por volta de 14h15 (horário de Brasília), entre 0,50 e 6 pontos nos principais contratos, levando o janeiro a US$ 12,72 e o maio a US$ 12,86 por bushel.
O mercado voltou do feriado de Ano Novo ainda bastante incerto, em especial, sobre o tamanho real da safra brasileira de soja e espera por novas notícias. A colheita já começou em algumas localidades, porém, a irregularidade é uma marca bastante presente das primeiras produtividades.
“Mercado segue sob indefinição, conforme estamos alertando. A falta de consenso sobre a dimensão da safra brasileira segue sendo o principal problema”, informa o informe diário da Pátria Agronegócios. As consultorias privadas vêm revisando para baixo seus números – que atualmente variam de 150 a 155 milhões de toneladas -, mas os traders também aguardam pelos números que serão reportados na semana que vem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), nos dias 12 e 10 de dezembro.
No portal internacional Farm Futures, os analistas acreditam que “os mercados continuam a avaliar potenciais reduções na produção da soja brasileira, embora o sentimento geral seja de que, mesmo com perdas, o Brasil ainda produzirá volume suficiente para manter os canais de exportação fluindo adequadamente nos próximos meses”.
TEMPO NA AMS
De acordo com informações do Commodity Weather Group (CWG), nas últimas 24 horas, cerca de 35% das áreas que cultivam soja no Brasil receberam alguns bons volumes de chuvas, como mostra o mapa abaixo.
Já na Argentina, menos de 10% da áreas receberam precipitações – e alguns alertas começam a aparecer para a safra 2023/24, mas com perspectivas ainda muito positivas de colheita.
As previsões, no entanto, já sinalizam que, na segunda semana de janeiro, o Norte do Brasil volta a ficar seco, enquanto as chuvas deverão continuar chegando ao Centro-Oeste, mas mais rapidamente passando pela região. O Nordeste também poderá ficar mais ameaçado pelas adversidades climáticas. Nos próximos seis a 10 dias, o CWG indica também que a umidade pode diminuir no território argentino.
Os mapas abaixo, do Commodity Weather Group, mostram as previsões de chuvas para partes da América do Sul nos próximos 1 a 5 dias; 6 a 10 e 11 a 15 dias.
“Na Argentina, as chuvas leves iniciam-se no dia 5 em San Luis, e se espalham para as demais regiões ao longo da semana. No período de 10 dias, acumulados moderados a fortes são apontados no norte de Santiago del Estero, norte de Santa Fé, sul de San Luis e no extremo norte de Entre Rios. Leves acumulados são previstos para o restante de Santiago del Estero, San Luis, Córdoba, norte de La Pampa e norte de Buenos Aires”, informa o Grupo Labhoro, com base no modelo GFS (americano) de clima.