A StoneX apontou redução em sua estimativa de produção de milho safrinha 2024 no Paraguai, para 3,82 milhões de toneladas, queda de 2,8% em relação ao mês anterior. Os cortes ocorreram devido às perdas na zona norte da Região Oriental.
“Assim como no caso da soja safrinha, os resultados do milho vêm se mostrando bastante mistos, com as principais perdas também no norte da Região Oriental. Dado que ambas as culturas compartilham a mesma região produtiva, as perdas são similarmente distribuídas”, avaliou a analista de inteligência de mercado do grupo em relatório, Larissa Barboza Alvarez.
Concepción, San Pedro, Canindeyú, assim como o norte de Caaguazú e Alto Paraná, apresentam produtividades muito abaixo do conseguido em anos anteriores. Em sentido contrário, o centro altoparanaense ou Caazapá apresentam bons rendimentos, dado que receberam mais chuvas. Por sua vez, Itapúa, o mais beneficiado pelos bons níveis pluviométricos, é onde se obtiveram os melhores resultados.
Com a colheita de milho em andamento, em pouco mais de 50%, o escoamento da soja está avançando mais rapidamente, para não gerar futuros conflitos logísticos. A comercialização do cereal em torno de 38% mostra um nível bastante avançado quando comparado a anos anteriores. Isso ocorre principalmente por causa do clima, com a colheita sendo apressada em várias regiões devido à falta de chuvas, que acabou encurtando o ciclo produtivo.
Em relação à cotação do milho, apesar das baixas em Chicago, depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostrou uma maior área plantada, assim como níveis maiores de estoques norte-americanos, os preços internos estão se sustentando principalmente no cenário de produção inferior ao observado em anos anteriores. Nesse sentido, o consumo interno paraguaio de milho se mantém entre 1,8 e 1,7 milhão de toneladas. Sendo assim, o saldo exportável será bastante ajustado e menor que o visto em anos anteriores.