Trigo sobe mais de 5% em Chicago nesta 2ª feira com atenção ao clima adverso em diversas origens produtoras

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A semana, mais uma vez, começou com destaque para o trigo na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (20), os futuros do cereal concluíram os negócios com novas e fortes altas, de mais de 5% entre os principais vencimentos. Assim, com ganhos de 31 a 35,50 pontos, o setembro fechou o dia com US$ 7,07 e o dezembro com US$ 7,30 por bushel. 

Os ganhos no trigo puxaram, na carona, os mercados de soja e milho, que também concluíram os negócios deste primeiro pregão da semana em campo positivo, com altas de mais de 1,5% entre suas principais posições. 

A nova safra mundial do grão já inspira preocupações, diante de adversidades climáticas que se registram em importantes origens produtoras, em especia, a Rússia, neste momento. “A forte valorização do cereal está associada às preocupações com a safra 2024/25 de trigo russa, que tem passado por consecutivos cortes na produção diante do clima seco há longas semanas, e geadas tardias ocorridas na semana passada”, afirma o time da Agrinvest Commodities. 

Diversas instituições têm reajustado seus números e, nesta segunda, ainda de acordo com a consultoria, foi a vez da União de Cereais da Rússia, trazendo seu número de 53,5 milhões de toneladas da safra anterior para 46,9 milhões. No último dia 10, a estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) veio em 52 milhões de toneladas. 

“A queda na produção e exportação de trigo russo para a nova temporada, vem mantendo um importante suporte para que o trigo continue o seu rally no mercado internacional”, complementa a Agrinvest. 

Também nesta segunda, a APK-Inform, uma consultoria internacional, informou que as recentes e severas geadas dos últimos dias registradas no norte e leste da Ucrânia poderiam provocar uma diminuição de nas colheitas de grãos e oleaginosas do país, o que pode pegar o trigo em cheio. A estimativa é de que a produtividade média ucraniana poderia ser reduzida entre 20% e 30% e que o evento climático já prejudicou as safras de trigo, cevada, colza e ervilhas. 

O Ministério da Agricultura da Ucrânia já estima uma safra de grão menor do que a anterior em 2024m de 74 milhões de toneladas, contra 82 milhões de 2023. 

 

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