Alta digestibilidade do concentrado proteico de soja garante mais saúde para leitões

Segundo um recente artigo científico publicado pela revista Animal Nutrition, uma das mais respeitadas globalmente do setor de nutrição animal, quanto maior a digestibilidade do ingrediente proteico da ração, além de melhorar a absorção dos nutrientes, garante mais saúde a leitões recém desmamados. De acordo com a publicação, tal fator pode reduzir a transferência de proteínas não digeridas no intestino grosso, reduzindo a produção de resíduos potencialmente tóxicos do metabolismo microbiano, resultando, assim, em uma melhora substancial da saúde intestinal desses animais.

A digestibilidade proteica, segundo o estudo, traz inúmeros benefícios capazes de contribuir diretamente para que os leitões cresçam com desempenho bem mais alto em desenvolvimento muscular, ganho de peso e desenvolvimento geral. “Quando as proteínas são altamente digestíveis, os leitões conseguem absorver mais eficientemente os aminoácidos essenciais, que são os blocos de construção das proteínas. Isso resulta em uma melhor utilização dos nutrientes da ração, promovendo um crescimento mais rápido e saudável. Além disso, auxilia na melhora da saúde da mucosa intestinal do leitão, com a redução de doenças e infecções, e também do sistema imunológico”, explica Leandro Baruel, gerente de exportação da Rio Pardo Proteína Vegetal, produtora do SPC (Concentrado Proteico de Soja) mais digestível do Brasil, segundo estudo da Universidade Federal de Viçosa, principal especialista nacionalmente no assunto.

Segundo a UFV, a digestibilidade de proteína e dos aminoácidos dos RPSoy700 e RPSoy180 (concentrados proteicos da Rio Pardo) foram significativamente superiores, conforme tabela comparativa abaixo, que traz os principais produtos do mercado.

Outras vantagens

O levantamento trazido pela edição de março de 2022 da Animal Nutrition ainda salienta que a melhor digestibilidade, além de afetar diretamente a mucosa intestinal, trazendo todas essas vantagens para os animais, também é oportuna aos produtores. Isso por que o valor gasto com a ração representa o maior custo da produção de suínos. Assim, é fundamental avaliar os produtos pela eficiência alimentar e/ou digestibilidade.

“Isso afeta diretamente o bolso do produtor, que não precisará gastar mais com ração para que sua criação atinja o nível de digestibilidade necessário para crescer com mais saúde; e também terá um impacto ambiental muito menor, pois uma ração com maior digestibilidade das proteínas resulta em menos resíduos de nitrogênio excretados pelos animais. Ou seja, polui-se bem menos o meio ambiente”, adiciona Baruel.

 

Produção diferenciada

Patenteada no Brasil, nos Estados Unidos, na União Europeia, no Japão, no Chile e no Canadá, a tecnologia desenvolvida pela Rio Pardo para a produção de SPC traz vantagens que agregam em saúde e no melhor refinamento do produto. A principal diferença do procedimento é a unificação de etapas no processamento dos grãos de soja. “Nos tradicionais, em uma primeira etapa, separa-se o óleo do grão; depois, faz-se um aquecimento para remover os solventes do processo. Em seguida, é preciso uma segunda etapa para tirar os carboidratos solúveis, onde estão os fatores antinutricionais da soja. Nesta extração, utiliza-se álcool e, para removê-lo, o grão é aquecido novamente. Em nosso processo, tudo isso é feito de uma só vez. Tira-se o óleo e os carboidratos em uma única etapa e um único aquecimento”, explica Baruel.

Além de ser mais sustentável pois reduz-se drasticamente o consumo das energias térmica e elétrica, a qualidade do produto aumenta consideravelmente. “Quando reduzimos o número de aquecimentos dos grãos, diminuímos a possibilidade de ocorrer o que chamamos de ‘reação de Maillard’, que é a formação de um complexo da proteína com carboidrato e açúcares. Este complexo interfere na digestibilidade do produto”, adiciona.

 

Números do setor

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o país bateu recorde de produção pelo terceiro ano consecutivo de carne suína, com 4,9 milhões de toneladas em 2022. Um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. A projeção de crescimento para 2023 é de 4% (um novo estudo ainda não foi divulgado). Do total, 3,8 milhões de toneladas foram para abastecimento interno. O restante foi para exportação. O Brasil ainda soma, hoje, 60% de todo o mercado global de produção de SPC.

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