Após sessão de intensa volatilidade, soja passa para o negativo e perde quase 1% na CBOT nesta 3ª

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A volatildiade marcou forte o mercado da soja na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (2) e o dia terminou com os futuros da oleaginosa registrando perdas de 8,75 a 11,75 pontos nos contratos mais negociados. O maio concluiu os negócios com US$ 11,74 e o agosto com US$ 11,87 por bushel. 

Ao longo do dia, porém, os preços da soja chegaram a subir forte, testando ganhos de até 11 pontos nas principais posições, acompanhando altas no óleo, que foram de mais de 2% ao longo do dia. No encerramento do pregão, os futuros do derivado fecharam a terça-feira ainda em campo positivo, porém, subindo pouco mais de 0,8%. 

Na contramão, ainda no complexo soja, os futuros do farelo de soja encerraram o dia com perdas de mais de 1,5%. 

Além dos derivados, a soja em grão monitorou também o andamento dos mercados vizinhos e, naturalmente, sentiu a pressão de perdas de quase 2% no milho e no trigo em Chicago. 

O plantio da nova safra norte-americana começou, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que 2% da área de milho e 1% de trigo já foram semeados até o último domingo (31), as condições climáticas são favoráveis no momento – bem como as previsões para os próximos dias – e este é mais um fator de pressão sobre estes mercados neste momento. 

“Nos próximos dez dias teremos um clima mais ameno e o predomínio de chuvas na região. Após isso, o clima será mais seco e com temperaturas mais elevadas, sendo um cenário bastante favorável para o plantio e desenvolvimento inicial do milho”, afirma o time da Agrinvest Commodities. “Os fatores são favoráveis para as lavouras, mas geram forte pressão sobre os ativos na CBOT”. 

ÓLEO DE SOJA

Os ganhos no derivado vêm acompanhando um movimento de avanço no óleo de palma – que tem a oferta ajustada agora – e também do petróleo, que vem intensificando as altas nesta terça. Ambos, WTI e brent, fecharam com mais de 1% de alta nesta sessão, ajudando a manter o fechamento positivo do óleo de soja na CBOT.

“O petróleo sobe forte, testando seus mais altos níveis em cinco meses, diante dos novos desdobramentos da guerra no Oriente Médio. As tensões geopolíticas estão se intensificando”, afirma o time da Agrinvest Commodities. 

Os recentes ataques isralenses ao consulado do Irã, na Síria, provocaram uma escalada do conflito que, cada vez mais, toma proporções regionais em uma das principais áreas de produção petrolífera. 

MERCADO BRASILEIRO

No mercado nacional, apesar das baixas fortes em Chicago e do leve recuo do dólar frente ao real, os preços da soja no mercado físico brasileiro chegaram a registrar ganhos em algumas praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Em Tangará da Serra/MT, a alta foi de 0,94% para R$ 107,00 por saca; em São Gabriel do Oeste/MS de 0,92% para R$ 110,0; em Rio Verde/GO de 0,92% para R$ 110,00 e em Machado/MG de 1,33% para R$ 114,50 por saca. 

Já nos portos, porém, os indicativos permaneceram estáveis nesta terça-feira. Em Paranaguá, R$ 125,00 no disponível e R$ 126,00 para maio, e em Rio Grande, R$ 126,00 por saca em ambos os casos. No porto de Santos, R$ 124,00 na posição abril-maio. 

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