Área de soja do Brasil 24/25 avança 1,66%, com impulso do N/NE, diz Pátria Agronegócios

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SÃO PAULO (Reuters) – A área plantada com soja no Brasil na safra 2024/25 crescerá 1,66% em relação ao ciclo anterior, estimou a consultoria Pátria AgroNegócios, apontando maiores aumentos nos Estados do Norte e Nordeste, enquanto algumas regiões mais consolidadas verão aumentos pequenos ou até reduções.

Conforme os números da Pátria AgroNegócios, a área plantada passaria de 45,69 milhões para 46,45 milhões de hectares, um patamar recorde, mas com crescimento limitado em áreas tradicionais como o Paraná, que poderia ver uma redução de 0,1%, em meio a preços mais baixos da commodity.

“As principais regiões com aumento de área são aquelas de expansão agrícola, naturalmente, em especial o Nordeste brasileiro”, disse o diretor da consultoria, Matheus Pereira, que realizou a pesquisa com seus clientes que produzem de Norte a Sul do Brasil.

“No Sudeste e Sul do Brasil, a expansão de área em regiões consolidadas, ela é muito pequena, Nordeste brasileiro cresce com mais intensidade”, afirmou ele, à Reuters.

Enquanto o plantio ainda está prestes a começar no país, maior produtor e exportador de soja, a consultoria projeta a produção apenas com base na evolução estatística da produtividade dos últimos anos.

Assim, a Pátria AgroNegócios estima que o Brasil poderia produzir um recorde de 166,72 milhões de toneladas, alta de 15,5% ante a temporada passada atingida fortemente por intempéries.

A produtividade deve se recuperar, com alta estimada em 13,6%, para 3.590 quilos por hectare.

A consultoria vê o maior aumento de área entre os Estados no Piauí, com 7,2%, para 1,15 milhão de hectares, seguido pelo Pará, com alta de 5%, também para pouco mais de 1,1 milhão de hectares.

Tais Estados da chamada fronteira agrícola têm sofrido maior impacto de desflorestamento, enquanto as lavouras também costumam avançar nessas áreas de pastagens degradadas, convertidas em plantações de soja.

Embora o crescimento percentual seja maior nas áreas do Norte e Nordeste, essa regiões ainda representam menor parcela na produção total do país, fortemente concentrada no Centro-Oeste e Sul.

Enquanto a produção do Centro-Oeste é estimada em quase 80 milhões de toneladas, liderada pelo Mato Grosso (46,4 milhões de toneladas), a do Nordeste é vista em 16,66 milhões de toneladas, liderada pela Bahia, com 7,8 milhões, segundo números da consultoria.

A produção no Piauí é prevista em 4,10 milhões de toneladas, enquanto o Pará poderia produzir 3,5 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora)

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