A colheita da soja na safra de 2023/2024 em Passo Fundo e região já iniciou com boas expectativas. Diferente das safras anteriores, marcadas por episódios de estiagem, este ano se destaca pelas condições climáticas favoráveis que têm contribuído para um desenvolvimento saudável das plantas e grãos.
A engenheira agrônoma Mariana Biff, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Passo Fundo, Coxilha e Mato Castelhano, informa que a projeção é de mais de 22 milhões de toneladas de soja colhidas, um grande avanço em comparação com as perdas dos últimos anos.
No entanto, como pondera Mariana Biff, a safra enfrenta o desafio da ferrugem asiática, uma doença que tem mostrado forte presença devido às condições ideais para o desenvolvimento do patógeno. “Muitas áreas necessitaram de um número maior de tratamentos, com intervalos menores entre as aplicações, para controlar a pressão do patógeno”, explica a profissional. Apesar disso, nas áreas onde o manejo foi adequado, os danos foram minimizados, evidenciando a importância de uma gestão eficaz das lavouras.
Um aspecto crítico neste momento é o preço das commodities, que se apresenta abaixo do esperado. Segundo a engenheira agrônoma Mariana Biff, o custo de produção elevado nesta safra coloca em risco a viabilidade financeira dos agricultores, “pois muitos dos nossos produtores dependem da receita da colheita para quitar financiamentos e se recuperar financeiramente após três anos de safras frustradas”.
Apesar dos desafios, a expectativa é otimista. “Estamos acompanhando o progresso da colheita e torcendo para que seja uma boa safra para todos”, acrescenta Mariana Biff. A safra de soja 2023/2024 representa uma oportunidade de recuperação para os agricultores da região, reforçando a necessidade de práticas agrícolas eficientes e um olhar atento às condições de mercado.