A soja fechou o pregão desta quarta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Os futuros do grão encerraram o dia com perdas de 7,50 a 9,25 pontos nos principais vencimentos, acompanhando as perdas significativas do óleo nesta sessão. Assim, os futuros da oleaginosa ficaram abaixo dos US$ 10,00 nos dois primeiros vencimentos, com o janeiro valendo US$ 9,91 e o março com US$ 9,99 por bushel. Já o maio concluiu os negócios com US$ 10,12.
As perdas no óleo de soja foram se intensificando ao longo do dia, e terminaram os negócios superando os 3% entre as posições mais negociadas. O mercado vem se ajustando após ganhos consecutivos, depois de subir agressivamente nos últimos dias, mas também de olho na possibilidade de que o programa de biocombustíveis nos EUA possa ser desincentivado a partir do início do novo governo de Donald Trump.
Além do peso vindo do derivado, a pressão sobre o mercado continua vindo da combinação de fundamentos para momento, incluindo a oferta norte-americana disponível após a finalização da colheita, a perspectiva de uma safra brasileira na casa de 170 milhões de toneladas e a demanda da China sem sinalizar grandes novidades.
Nem mesmo o anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) feito nesta quarta-feira de vendas de mais de 420 mil toneladas de soja foi suficiente para dar suporte aos preços na CBOT.
“O modelo GFS, gerado nessa manhã, de modo geral aponta para os próximos 10 dias no Brasil acumulados leves a moderados em toda região produtora do país, exceto para no norte do MA e PI que tendem clima seco. Na Argentina, acumulados leves a moderados são previstos para o norte e centro da zona agrícola”, informa o Grupo Labhoro.
O comunicado segue apontando que “o modelo europeu, gerado na madrugada, difere do GFS ao apontar nos próximos 10 dias clima seco no sul do RS. Por outro lado, indica acumulados moderados no centro-oeste brasileiro. Na Argentina, prevê acumulados moderados em Santa Fé, Entre Rios e Santiago”.