De acordo com os dados divulgados nas últimas semanas pela Associação Nacional das Processadoras de Oleaginosas dos EUA (NOPA), o esmagamento em dezembro no país foi de 5,3 milhões de toneladas, representando um novo recorde mensal.
Além disso, a Bolsa de Cereales da Argentina registrou mais uma vez o aumento de sua projeção para a safra de soja do país, estimada em 52,5 milhões de toneladas. Desse modo, espera-se que a Argentina retome a principal posição dos países exportadores de farelo e o mercado internacional permaneça ofertado.
O preço do contrato de primeiro vencimento do farelo de soja em Chicago fechou o dia 30/01 em US$ 363/t, 6% a menos em relação ao preço de um mês atrás, refletindo assim a boa oferta do produto no mercado externo.
O mercado segue otimista com a disponibilidade do produto, onde espera-se que no ciclo de 2023/24 sejam esmagadas 35,5 milhões de toneladas de soja na Argentina, aumento de 5,2 milhões de toneladas frente 2022/23, de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, nos EUA, o aumento projetado é de 2,3 milhões de toneladas, com a capacidade de processamento de soja crescendo 6 milhões de toneladas.
No Brasil, também espera-se aumento do esmagamento, principalmente para o atendimento ao programa do B14. Assim, os fundos especulativos continuam com posições vendidas de farelo e óleo, por conta do sentimento de maior disponibilidade global dos derivados da soja.
Já o óleo de soja também se desvalorizou durante o mês de janeiro na bolsa de Chicago, fechando o dia 30/01 em 46 cUSD/lb, perto dos menores patamares do mês. Os avanços dos preços do petróleo na última semana podem trazer algum suporte aos preços do óleo, mas o mercado segue baixista pelo mesmo motivo do farelo, além da perpetuação das baixas cotações dos RINs* D4 nos EUA.