A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os resultados das exportações do agronegócio em setembro, que somaram US$ 14,2 bilhões, um crescimento de 0,8% em comparação com agosto e um aumento de 3,6% em relação a setembro do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, as exportações totalizaram US$ 125,9 bilhões, representando uma leve queda de 0,2% em comparação com o mesmo período de 2023.
O destaque do mês foi para as exportações de carne bovina in natura, que atingiram um recorde histórico. A alta foi impulsionada pelo aumento da demanda chinesa, que foi o destino de 54% dos embarques, totalizando 252 mil toneladas — um crescimento de 29% em relação a setembro de 2023. O preço também apresentou alta, com um aumento de 1,8 % em relação a agosto, a segunda alta consecutiva e a maior dos últimos 17 meses, com uma tonelada sendo comercializada a US$ 4.513. No acumulado de 2024, a quantidade de carne bovina exportada cresceu 29,7%, posicionando o setor no caminho de superar o recorde anual previsto em 2023.
Nas exportações de carne de frango in natura, houve um aumento de 16% no volume em relação a agosto de 2024, embora os preços tenham caído 5,7% em comparação com o mês anterior. A tonelada foi vendida a US$ 1.981,2. No acumulado do ano, as exportações de carne de frango recuaram apenas 0,8%, com a demanda do Oriente Médio compensando a queda nas vendas para a Ásia. O preço médio anual caiu 4,6%, sendo a tonelada comercializada a US$ 1.839,8.
Em relação à carne suína, os embarques aumentaram 1,6% em comparação a agosto de 2024, totalizando 108 mil toneladas, o que representa um crescimento de 9,4% em relação a setembro do ano anterior. A Ásia foi o principal destino, recebendo 66% das exportações. O preço médio da carne suína subiu 1,6% em relação ao mês anterior.
No caso da soja, os preços caíram 17% em comparação a setembro de 2023, ficando em US$ 425,5 por tonelada. O volume exportado também caiu 4,5%, somando 6,1 milhões de toneladas. O milho, por sua vez, apresentou uma queda ainda mais acentuada: os embarques diminuíram 27%, com 6,4 milhões de toneladas enviadas, enquanto os preços recuaram 13,2%, sendo comercializados a US$ 195,5 por tonelada.