As boas práticas nos processos de produção de sementes de soja estão presentes no dia a dia dos multiplicadores. Essas condutas são resultado do cumprimento das regras e legislação específicas e das particularidades de cada região de produção de sementes. Para a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), “o projeto “Protocolo de Sementes Abrass” vai agregar valor ao trabalho de seus associados. Somos responsáveis por mais de 50% do volume de sementes comercializadas no Brasil e queremos continuar nessa vanguarda”, pontuou Gladir Tomazelli, presidente da associação.
Os especialistas Geri Eduardo Meneguello e Francisco Amaral Villela, ambos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), estão responsáveis pela condução dos trabalhos. Durante o Workshop Técnico, realizado entre quinta(11) e sexta-feira (12) em Brasília(DF), eles apresentaram uma síntese dos primeiros dados levantados e debateram alguns pilares com os técnicos das empresas associadas Abrass. “Garantir esse documento exigirá uma ampla pesquisa e debate. O Workshop técnico encerra essa primeira fase com a discussão de trabalho para alcançarmos esse objeto de interesse de todos”, afirmou Geri Meneguello.
O projeto está dividido em cinco etapas: 1) Diagnóstico; 2) Redação Preliminar de Protocolos; 3) Treinamentos de equipes; 4) Redação dos Protocolos Definitivos; e 5) Implementação dos Protocolos nas Empresas. Nesta primeira fase, os produtores foram separados em grupos de trabalho (GTs) para deliberação dos temas propostos e direcionamentos futuros sobre o olhar dos especialistas para formação do protocolo.
“Trazer um protocolo pronto não funciona porque a produção de sementes é dinâmica, ela tem que ir acompanhando a evolução dos processos da indústria de sementes. Nós estamos buscando a alta qualidade, por isso hoje vamos abordar 10 tópicos para tratar sobre as dores do setor e compartilhar propostas de soluções”, destacou Villela.
Nessa ação, estavam presentes técnicos de 31 empresas associadas, de 10 estados do país, comprometidos em pensar práticas que considerassem procedimentos tecnológicos com viabilidade prática de implementação e as realidades regionais. “A Abrass é um elo fundamental e integrador de todos os associados da cadeia de produção de sementes. Essa iniciativa é muito assertiva porque vai aumentar essa credibilidade com o nosso cliente, o agricultor e mostrar a integração para fazer algo melhor em prol da cadeia. A expectativa é que este protocolo traga uma padronização para fazer um processo industrial similar entre os multiplicadores da entidade”, assegurou João Paulo Vanin da SLC Agrícola, associada à Abrass.
Outro participante que também relatou esta oportunidade foi Winícius Menegaz, da Girassol Sementes, associada à Abrass. “Este é um momento de união dos parceiros da indústria de sementes, o mercado exigiu de nós que a régua da semente fosse cada vez mais elevada. Nosso objetivo é juntar mentes de empresas com expertises diferentes de produção de sementes para chegarmos em um denominador comum, para sermos mais fortes e unidos, com um protocolo para que possamos ter cada vez mais qualidade atendendo as vastas dimensões do Brasil. Assim, os associados Abrass conseguem agregar cada vez mais valor à semente trazendo ao agricultor um produto de alto padrão”.