Após cair no fechamento anterior, devido à disparada do dólar. O mercado da soja iniciou essa quinta-feira (27) levemente no azul na Bolsa de Chicago (CBOT), com os contratos de agosto/24 sendo negociados a US$11,45, alta de 3 pontos, enquanto que o indicador para setembro/24 é negociado a US$11,08, acréscimo de 0,75 ponto. O dólar mais forte beneficia a soja brasileira, o que leva os produtores a agilizarem suas negociações do ciclo 24/25. Nesta manhã o dólar caiu e é cotado a R$5,49, baixa de 0,49%.
Amanhã, dia 28 de junho, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz novos dados de área plantada nos EUA – com ajustes em relação aos números de março – e dos estoques trimestrais de grãos norte-americanos em 1º de junho. Ambos os boletins, em especial os de área, deverão mexer com o andamento as cotações daqui em diante. Assim, até que os novos números sejam reportados, os mercados devem seguir voláteis, trabalhando com a expectativas para os boletins.
Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o clima americano está favorável para uma safra americana com boa produtividade e qualidade das lavouras. Se as projeções divulgadas nesta sexta confirmarem essa informação, ele acredita que o mercado deve ser pressionado nas cotações do terceiro trimestre. “O contrato de novembro/24 oscila no patamar entre US$11 e US$11,10 e esse é um sinal muito ruim para uma véspera de relatório de plantio”, comenta.
As expectativas indicam um leve aumento de área para soja, milho e trigo em relação aos números trazidos em março. Para a soja, as expectativas de área do mercado variam de 34,6 a 35,41 milhões de hectares, com média de 35,11 milhões. Há três meses, a área estimada para a oleaginosa era de 35,01 milhões. Na safra 2023/24, os EUA cultivaram 33,83 milhões de hectares.