Oferta e preço da soja caem em 2024, mas demanda eleva valor do óleo

Vendedores de soja brasileiros encerram 2024 registrando renda menor. A área cultivada cresceu no ano, mas a produtividade caiu em importantes regiões, o que resultou em queda na produção nacional.

Mesmo nesse ambiente, os preços recuaram, já que a produção mundial aumentou mais que a demanda, elevando a relação estoque/consumo. A situação só não foi pior porque houve aumento na demanda por óleo de soja, visando a produção de biodiesel.

Em termos gerais, os preços da soja no Brasil cederam em janeiro, em fevereiro e em agosto e registraram recuperações nos demais meses.

Com isso, o valor médio de dezembro/24 da soja ficou em linha com o nominal de dezembro de 2023, mas o de 2024 ficou bem abaixo do de 2023.

Para o óleo de soja, os preços avançaram em praticamente todo o ano de 2024 (a exceção foi dezembro), sendo influenciados pelos prêmios de exportação e pela firme demanda doméstica, sobretudo pelas indústrias de biodiesel – vale lembrar que a mistura obrigatória do biodiesel ao óleo de diesel passou do B12 (12%) para B14 (14%) em março de 2024.

Quanto ao farelo, 2024 foi desafiador, mas, apesar da recuperação da produção na Argentina, o Brasil exportou 21,16 milhões de toneladas de farelo em 2024 (até novembro), um recorde para o período, de acordo com a Secex.

Boa parte dos consumidores domésticos esteve cautelosa em 2024, devido às expectativas de maior excedente de farelo, uma vez que a firme demanda por óleo de soja elevou o esmagamento de grãos.

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