Segundo levantamento da StoneX, a soja safrinha paraguaia, cuja colheita atinge 10% de avanço, registrou significativa redução da produção, com destaque para a queda no Alto Paraná, principal departamento produtor do país.
“As chuvas mal distribuídas fizeram que as 1,60 toneladas por hectare previstas inicialmente caíssem para 1,50 ton/ha. Como o Alto Paraná representa 65% de toda a área plantada para a safrinha da soja, qualquer variação negativa acaba afetando o balanço total”, explica a analista de inteligência de mercado do grupo, Larissa Barboza Alvarez.
Somando à primeira safra de soja do país, 100% colhida, também com registros de perda no rendimento devido ao clima seco, espera-se uma produção de 9,79 milhões de toneladas de oleaginosa paraguaia.
Com relação à comercialização, a StoneX estima que entre 60% e 62% do total da soja esteja comercializada. “Um ponto chave são os compromissos financeiros dos agricultores quanto à compra de insumos, principalmente de fertilizantes, cujos vencimentos costumam ser em abril. Porém, viu-se um remanejamento dessa data, a pedido dos produtores para a extensão do prazo até maio de 2024, na expectativa de um aumento dos preços em Chicago para conseguir um melhor resultado”, afirma Larissa.
Caso os pagamentos não sejam realizados até o quinto mês do ano, juros passariam a pesar na conta, o que deve incentivar a comercialização nas próximas semanas, lembrando que, no mesmo período do ano passado, 80% da produção de soja já estava comercializada.