Preços da soja seguem recuando em Chicago nesta 3ª feira, acompanhando derivados

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As baixas continuam a ser registras na Bolsa de Chicago, com os preços cada vez mais próximos dos US$ 10,00 por bushel. Perto de 12h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 17,75 e 19,25 pontos, com o agosto cotado a US$ 10,35; o setembro, US$ 10,11 e o novembro – referência para a safra americana – com US$ 10,21 por bushel. Entre os derivados, as perdas também seguiam agressivas, com baixas de mais de 1% tanto no farelo, quanto no óleo, ambos intensificando a pressão sobre os futuros do grão. 

Os mercados de milho e trigo também recuavam forte nesta terça-feira. 

“Os futuros da soja  acumulam fortes quedas pela terceira sessão consecutiva em Chicago. Cenário climático favorável e lavouras com boas condições de desenvolvimento pressionam as cotações”, informa o time da Pátria Agronegócios.

As previsões continuam sinalizando boas condições de clima para o Meio-Oeste americano, com chuvas e temperaturas adequadas sendo esperadas para os próximos dias. 

“As previsões de chuvas leves e clima levemente seco para os próximos 10 dias ainda não preocupam o mercado. Além disto devemos ressaltar que o encerramento de mês e entregas dos contratos
agosto também tem auxiliado na queda do mercado”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

“O modelo GFS, gerado nessa manhã, resumidamente indica, para os próximos 10 dias, clima seco no sul de Indiana, maior parte de Illinois, sul de Iowa, Missouri, todas as planícies oeste e todo o sul dos EUA. Chuvas leves previstas para Minnesota, norte de Iowa, Wisconsin, nordeste de Illinois, centro e norte de Indiana, Ohio e Michigan. O modelo Europeu, gerado de madrugada, possui previsões
similares ao GFS, apresentando divergências ao indicar chuvas em toda Illinois e toda Indiana, bem como no Kentucky e leste do Tennessee”, complementa Sousa.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma leve redução na classificação das lavouras americanas, porém, insuficiente para mudar o potencial da nova temporada. 

O reporte semanal de acompanhamento de safras apontou 67% dos campos da oleaginosa em classificados como bons ou excelentes contra 68% da semana aneterior. O mercado também apostava em um manutenção do índice. No ano passado, neste mesmo período, eram apenas 52%. São 25% das lavouras em condição regular e 8% em condições ruins ou muito ruins, enquanto na semana anaterior eram 24% e 8%. 

Além disso, o mercado também ainda segue atento às especulações da possível retirada das retenciones sobre a soja da Argentina depois do reforço do compromisso do presidente do país, Javier Milei, durante o final de semana ao visitar a maior feira agropecuária argentina. 

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