Queda nos preços do suíno vivo impacta poder de compra em meio à flutuação dos custos de milho e farelo de soja

As fortes quedas nos preços do suíno vivo em janeiro no mercado independente, sobretudo na segunda quinzena daquele mês, reduziram o poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho, um dos principais insumos utilizados na atividade.

Já em relação ao farelo de soja, que se desvalorizou ainda mais que o animal, houve uma melhora na situação de produtores de suínos. No caso do suíno vivo, janeiro se iniciou com os valores do animal em altos patamares, mas, com o avançar do mês, a liquidez diminuiu e os preços passaram a cair.

A pressão veio da oferta elevada e da demanda final enfraquecida, contexto que afastou frigoríficos da aquisição de lotes de animais – em alguns casos, unidades chegaram a cancelar carregamentos de cargas. Em janeiro, o animal foi negociado à média de R$ 6,66/kg na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), com queda de 4,8% em relação a dezembro.

Segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, a pressão do milho veio da menor demanda e da flexibilidade de parte dos vendedores. Além disso, a queda dos valores externos, decorrente de previsões de ampla oferta nos Estados Unidos, melhora na produção da Argentina e chuvas em regiões produtoras brasileiras, reforçou o movimento de baixa no mercado doméstico.

Com isso, a saca de 60 kg de milho registrou baixa de 1,4%, para R$ 65,83, considerando-se o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP). Para o farelo de soja, ainda de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, compradores estiveram afastados do spot nacional, relatando ter estoques para o médio prazo – eles preferiram aguardar para realizar novas aquisições, na expectativa de preços menores com o avanço da colheita de soja em grão. Com isso, no mercado de lotes de Campinas (SP), o derivado foi negociado à média de R$ 2.233,99/tonelada, forte recuo de 6,4% frente à verificada no mês anterior.

Dessa forma, considerando-se o milho comercializado em Campinas e o suíno posto no mercado independente da região SP-5, em janeiro, foi possível ao suinocultor paulista adquirir 6,06 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal, queda de 3,5% em relação a dezembro.

Já de farelo de soja, no mesmo período, o produtor conseguiu comprar 3 quilos, volume 1,5% maior que o registrado no mês anterior.

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