Queda nos preços externos da soja e ritmo acelerado da colheita pressionam mercado interno

O preço do contrato de primeiro vencimento da soja em Chicago apresentou desvalorização de 6,2% em janeiro, para USD 12,29/bu. Em 2024, os preços internos da soja já caíram cerca de R$ 24/saca, ou 20%, com as cotações em Sorriso (MT) abaixo de R$ 100/saca.

A colheita da soja no Brasil está adiantada em relação à safra anterior, com ritmo bem acelerado nos estados do Sudeste e no Paraná. Em fevereiro a desvalorização adicional para os preços foi de 4,6%, na média de USD 11,72/bu.

Com um padrão climático mais favorável para algumas regiões produtoras do Brasil, a expectativa é de que as produções de Argentina e Paraguai mais que compensem a quebra brasileira. Além disso, uma demanda mais lenta por parte da China, ajuda a justificar o movimento.

As cotações domésticas seguem pressionadas pelas desvalorizações externas e pelas quedas nos prêmios de exportação, com a oferta interna aumentando e a demanda ainda reduzida. Com isso, os preços atingiram o menor patamar registrado desde julho de 2020. Até o dia 24 de fevereiro, 38% da safra havia sido colhida, 4 p.p. à frente do mesmo período do ano passado.

No Paraná, a Conab estima a colheita em 42% enquanto no Mato Grosso, a colheita já chega a 70%. No Mato Grosso e em Goiás, as lavouras precoces foram as mais prejudicadas, porém o retorno das chuvas na segunda quinzena de dezembro beneficiou as lavouras mais tardias. Contudo, o avanço da colheita no estado paranaense mostra o impacto do clima quente e seco sobre as produtividades, mas também há expectativa de melhores rendimentos nas áreas tardias.

A estiagem e as altas temperaturas de dezembro prejudicaram o potencial das lavouras em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, o que se reflete em um resultado abaixo do esperado nas primeiras colheitas.

No Rio Grande do Sul, a estiagem e as altas temperaturas recentes trouxeram algum prejuízo para o potencial das lavouras, mas as chuvas de março ainda serão importantes.

E no Matopiba, em fevereiro as chuvas foram mais frequentes, fazendo com que as lavouras se desenvolvam satisfatoriamente. Entretanto, as chuvas das próximas semanas ainda serão importantes.

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