Segundo estimativa da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar), o Rio Grande do Sul deve ter a maior safra de soja desde 1970, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou o levantamento oficial de safras. O somatório de produção das outras culturas também deve alcançar o patamar mais alto da série histórica.
As informações sobre a estimativa da safra de grãos de verão 2023/2024 foram divulgadas na terça-feira (5), durante o tradicional Café da Manhã para a Imprensa, evento que integra a programação da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal, em parceria com as secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR) e Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
O Rio Grande do Sul deve colher mais de 35 milhões de toneladas de grãos, em uma área plantada superior a 8,4 milhões de hectares. A safra da soja, principal cultura em termos de área e de produção no Estado, deve atingir uma produção de aproximadamente 22,24 milhões de toneladas, em uma área plantada de 6,68 milhões de hectares.
Na safra de verão 2023/2024, a estimativa de produtividade média da soja no Estado deve chegar a 3,3 toneladas por hectare, o que representa um aumento de 70,83% em comparação com o ano anterior, no qual a produtividade atingiu 1,9 tonelada por hectare.
“Os números da soja são muito bons e colocam a safra 2023/2024 no topo do ranking da série histórica. No ano passado a safra ficou na décima posição. Este ano, se as estimativas se confirmarem, subiremos para a primeira posição. Em relação à safra anterior, que sofreu os efeitos da estiagem, teremos um crescimento significativo, especialmente no caso da soja”, comemorou o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera.
O levantamento dos dados foi feito pelos escritórios municipais, sendo revisados e compilados pelas gerências Técnica e de Planejamento da instituição. “A metodologia adotada tem sido utilizada há muitos anos e se mostrado bastante assertiva, pois a estimativa inicial de produtividade é identificada a partir do cálculo de tendência baseado na média alcançada nos últimos dez anos em cada município do Estado. A estimativas, parcial e final, são baseadas em dados coletados em campo durante o período da safra em cada um dos 497 escritórios municipais da Emater/RS-Ascar”, explicou Baldissera.
Outras culturas
O milho, importante cultura para diferentes atividades produtivas, teve uma área plantada de 812,7 mil hectares e a projeção de produção é de 5,2 milhões de toneladas. A cultura do milho também apresentou aumento de 32,23% na produtividade em comparação com a safra 2022/2023. A estimativa atual é que a produtividade média seja de 6,4 toneladas por hectare. No ano passado, ela foi de 4,8 toneladas por hectare.
O arroz irrigado, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), ocupa uma área plantada de aproximadamente 900 mil hectares. A estimativa da Emater/RS-Ascar é que a produtividade seja de 8,3 toneladas por hectare. A colheita deve ultrapassar 7,49 milhões de toneladas.
O feijão, por sua vez, alcançou, na primeira safra, uma produção próxima a 48,5 mil toneladas em uma área plantada de 25,2 mil hectares. Já na 2ª safra, a estimativa é que a leguminosa seja cultivada em 19,9 mil hectares e produza 31,2 mil toneladas.