Na sessão desta terça-feira (23), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago já testaram os dois lados da tabela, mas sempre com variações bastante tímidas. No início da tarde, os preços subiam timidamente, registrando ganhos de 1,25 e 4,50 pontos. Assim, o maio tinha US$ 11,66 e o julho, US$ 11,81 por bushel. Ainda na CBOT, subiam também as cotações do milho, do trigo – com mais de 1% de alta – e do óleo de soja. Apenas o farelo tinha leve baixa.
“No mesmo nível de alta da abertura da manhã, Chicago avança sem força nesta terça. Há poucas novidades nos fundamentos gerais. Novo movimento de cobertura de posições vendidas por parte dos fundos, que limitam as perdas nesta manhã”, afirmam os analistas de mercado da Pátria Agronegócios.
Os preços da soja seguem lateralizados. O mercado precisa de notícias novas e fortes.
Enquanto elas não chegam, o mercado se mantém atento ao que já conhece, incluindo o avanço do plantio americano atualizado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde de ontem.
Ainda segundo os dados do departamento, a área semeada com a soja, até o último domingo (21) chegou a 8% e a de milho a 12%, contra 3% e 6%, respectivamente, da semana anterior. As médias são de 4% e 10%, respectivamente, e as expectativas do mercado eram de 7% e 12%. O boletim traz também a informação de que 3% dos campos de milho já germinaram, contra 2% do ano passado e de média para o período.
Assim, os traders estão atentos agora ao comportamento do clima no Meio-Oeste americano para a continuidade dos trabalhos de campo. As previsões indicam as chuvas se intensificando nos próximos sete dias em praticamente todo o cinturão.
Além do clima e da safra dos EUA, o mercado também permanece atento à conclusão da safra sul-americana, ao comportamento da demanda, dos derivados e do macrocenário.