Os preços da soja seguem trabalhando em campo negativo na sessão desta quarta-feira (29), porém, intensificando suas baixas neste início de tarde. As cotações, por volta de 12h45 (horário de Brasília), perdiam entre 8,25 e 11,25 pontos nos contratos mais negociados, com o julho e o agosto sendo cotado a US$ 12,18, enquanto o setembro tinha US$ 12,02 e o novembro, referência para a safra dos EUA, US$ 12,01 por bushel.
“Os futuros refletem as boas condições climáticas e o avanço no progresso de plantio dos EUA”, afirmam os analistas da Pátria Agronegócios. Além disso, “na Argentina, a expectativa de um avanço na colheita e a volta dos esmagamentos são fatores baixistas para o grão em Chicago”.
Os modelos climáticos seguem indicando condições ainda mais favoráveis para os trabalhos de plantio nas próximas semanas nos Estados Unidos, o que continua a ser um fator de pressão sobre as cotações da oleaginosa na CBOT. As temperaturas deverão voltar a subir no início de junho, o que também contribui, depois de ter até nevado em algumas regiões nos últimos dias.
Na última semana, o avanço da semeadura da soja nos EUA já registrou um desempenho melhor e os números vieram acima da média dos últimos anos e das expectativas do mercado. A área plantada com a oleaginosa, até o último domingo (26), chegou a 68%.
Ainda nesta quarta-feira, o mercado do grão sente, mais uma vez, a pressão vinda do farelo de soja, que recua mais de 1,6% em Chicago, sentindo o esmagamento maior previsto para os EUA, perspectiva de aumento das exportações de farelo por parte da China e as margens de esmagamento comprometidas nos EUA.