Os preços da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (13), na contramão dos preços do milho e do trigo que sobem forte na sessão de hoje. Perto de 13h20 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 7,25 e 7,75 pontos nos contratos mais negociado, levando o novembro a US$ 10,02 e o março com US$ 10,35 por bushel.
“Depois de abrir a sessão em alta, os futuros em Chicago passaram a ser pressionados pelo início de uma realização de lucros. Contudo, as perdas são contidas pelo anúncio de uma venda avulsa de 100 mil toneladas do grão estadunidense à China”, informou a Pátria Agronegócios.
O mercado vem concluindo com ajustes uma semana de bastante volatilidade, marcada também por um novo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sem muitas novidades, causando apenas um impacto limitado sobre os mercados. O reporte veio bastante morno, sem grandes alterações no quadro da soja e, passados os números, os traders deverão agora se voltar para a nova safra brasileira. O plantio já se iniciou de forma muito pontual, com os produtores evitando a semeadura no pó em um ano de margens tão ajustadas.
As previsões seguem indicando um reestabelecimento das chuvas no país apenas em outubro, o que poderia trazer algum atraso no começo da nova temporada, o que já vem servindo como um ponto de suporte para os preços da soja na CBOT neste momento.
Além do começo da nova safra no Brasil, a conclusão da safra nos EUA também está em foco. A colheita deverá se iniciar nos próximos dias – também contando com condições favoráveis de clima -, ao passo em que a logística comprometida no país exige a mesma atenção, em especial por conta da tempestade tropical Francine e o baixo nível do rio Mississippi.