No início da tarde desta quinta-feira (14), os futuros da soja vem devolvendo as altas registradas mais cedo e trabalham com estabilidade na Bolsa de Chicago. Perto de 12h35 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 1 ponto nos contratos mais negociados, levando o maio a US$ 11,94 e o agosto a US$ 12,05 por bushel. Farelo e óleo também caminhavam de lado, depois de terem iniciado o dia em alta.
Mais cedo, os preços do grão romperam sua média móvel de 50 dias, como explicou a Agrinvest Commodities, ao testar ganhos consideráveis, e acelerou o movimento de compras. No entanto, a consultoria afirma ainda que “os fundos estão muito vendidos na soja, no farelo e no óleo. Não há notícias negativas, neste momento, que justifiquem esta posição”.
O mercado vai encontrando espaço para uma recuperação técnica, diante das últimas notícias, em especial o novo corte na safra de soja do Brasil pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no início da semana. O clima na Argentina também está em evidência – por conta do excesso de chuvas -, bem como a possibilidade de uma nova rodada de ‘dólar soja’ no país.
O comportamento da demanda também mantém-se presente no radar dos mercados, ao passo em que o cenário macroeconômico também chama a atenção e ainda as expectativas para a nova safra dos Estados Unidos.
As vendas semanais norte-americanas para exportação reportadas nesta quinta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vieram dentro do esperado e pouco impactaram sobre as cotações.
Na semana encerrada em 7 de março, os EUA venderam 376 mil toneladas de soja 2023/24, contra projeções de 250 mil a 800 mil toneladas. O volume é, no entanto, 39% menor do que o da semana anterior, mas 55% maior do que a média das últimas quatro. A China foi o principal destino da oleaginosa americana. Em todo ano comercial, as vendas americanas já somam 39,666 milhões de toneladas, abaixo das mais de 49,3 milhões do mesmo período do ano passado. O USDA estima as exportações totais dos EUA em 46,81 milhões.
O reporte indicou ainda as vendas de 93,4 mil toneladas de soja da safra 2024/25, a maior parte para destinos não revelados.
Por outro lado, a demanda se enfraquecendo pelo trigo americano, com cancelamentos por parte da China se mostrando frequentes nos últimos dias, pesa sobre os futuros do cereal na CBOT e ajuda a derrubar a soja e o milho.