Os preços da soja fecharam o pregão desta segunda-feira (1) em alta na Bolsa de Chicago. Os ganhos variaram de 5,50 a 10 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 11,43 e o novembro a US$ 11,09 por bushel. O mercado começou o dia operando em campo misto, testando os dois lados da tabela, mas passou para o positivo e se apoiou, principalmente, na disparada do óleo de soja, que encerrou o dia com ganhos superiores a 3%.
O julho subiu 4,9% para 45,90 cents de dólar por libra-peso, enquanto o agosto foi a 46,08, com ganho de 4,56% e o setembro com 46,04, subindo 4,5%.
Segundo informa a Agrinvest Commodities sobre o derivado, “os fundos estão reduzindo sua posição vendida no óleo e comprada no farelo”, o que ajuda na movimentação. Do mesmo modo, o petróleo em alta, acima dos US$ 82,00 por barril – que subia mais de 2% tanto no WTI, quanto no brent nesta segunda-feira, bem como o aumento do uso do biodiesel nos Estados Unidos são também fatores de estímulo às cotações.
De outro lado, porém, a nova safra dos Estados Unidos e o clima no Meio-Oeste norte-americano são os pontos centrais de atenção do mercado internacional neste momento, segundo analistas e consultores de mercado.
O relatório semanal de acompanhamento de safras que será reportado ao final da tarde de hoje, também pelo USDA, às 17h (Brasília), deverá trazer uma manutenção das condições das lavouras norte-americanas ou registrando apenas um ponto percentual de redução na classificação de campos em boas ou excelentes condições, como afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Os mapas climáticos para os próximos dias mostram que as chuvas deverão chegar com melhor distribuição, chegando, inclusive a pontos que sofriam um pouco mais com a seca em regiões como o sul de Ohio, vale do Tennessee e o sudeste dos EUA nos próximos seis a dez dias, todas áreas importantes de produção de grãos no país.
Por outro lado, as chuvas nesta semana em áreas mais a noroeste poderiam causar novas cheias em alguns estados – como aconteceu em Iowa, na semana passada – deixando apenas 10% ou até menos do que isso de áreas de soja e milho sob condições de seca.
Os mapas abaixo, do Commodity Weather Group, mostram que, nas próximas semanas – até 15 de julho – as chuvas continuarão concentradas, enquanto as temperaturas seguirão dentro da normalidade.