A semana se encerrou com os preços da soja em alta na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa subiram entre 2 e 5 pontos nos principais vencimentos, com o maio valendo US$ 11,85 e o agosto com US$ 11,94 por bushel. Ainda na CBOT, os preços do óleo de soja subiram mais de 1%, por mais uma sessão, enquanto o farelo voltou a recuar, em uma semana marcada por bastante volatilidade no complexo soja.
Enquanto isso, no Brasil, o mercado monitorou o dólar fechando em alta e os prêmios da soja se fortalecendo em um movimento, segundo explicam analistas e consultores, consistente e a combinação resultou em preços mais altos no Brasil, em especial nos portos.
Em Paranaguá, o disponível subiu 2,8% para R$ 129,00 por saca, equanto o maio foi a R$ 130,00 com ganhos de 1,96%. Já em Rio Grande, alta de 1,2% no disponível para R$ 128,50 e de 0,8% para R$ 129,00 no maio/24. Algumas praças do interior do Brasil também terminaram o dia subindo quase 2% nesta sexta-feira, em especial as do sul do país.
BOLSA DE CHICAGO
Além do óleo – que tem estado em um momento forte e importante, não só para o óleo de soja, mas para óleos vegetais de uma forma geral, em especial de palma – os ganhos fortes do trigo – que chegaram a passar de 3% ajudam a puxar a oleaginosa.
“A soja é sustentada pela valorização do óleo, puxada pelo petróleo e outros óleos vegetais, como o óleo de palma. As tensões do Oriente Médio ficaram mais intensas essa semana, repercutindo em uma valorizaão semanal de mais de 4% para o petróleo, que voltou a operar nas máximas de cinco meses”, explica o time da Agrinvest.
Tanto no brent, quanto no WTI, na tarde desta sexta, boas altas são observadas de, respectivamente, 1,1% e 0,9%, para US$ 91,66 e US$ 87,36 por barril. Tensões geopolíticas, dados mais positivos da economia norte-americana e decisão da Opep de manter corte voluntário na produção do óleo bruto são, como explica o analista da Agrinvest, Thiago Davino, algumas das principais notícias que alimentam os ganhos da commodity, ajudando a puxar uma série outras, entre elas a soja.
A semana tem sido de bastante volatilidade, porém, o mercado vinha caminhando com estabilidade e de lado até esta sexta, quando os traders ajustam suas posições antes do final de semana.
Além disso, o mercado segue dividido entre a conclusão da safra sul-americana e início da nova temporada dos Estados Unidos, de olho, neste momento, principalmente no clima no Meio-Oeste norte-americano. A transição para do El Niño para o La Niña foi iniciada com um esfriamento das águas do pacífico em algumas áreas e o fator também está no radar dos traders.