Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago e ainda se apoia em nova disparada do óleo

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A soja fechou a terça-feira (2) em alta na Bolsa de Chicago. O mercado encerrou os negócios com ganhos de 0,75 a 5,25 pontos nos contratos mais negociados, levando o agosto a US$ 11,64 e o novembro – referência para a safra americana – a US$ 11,11 por bushel. O avanço de mais de 2% dos futuros do óleo de soja na CBOT continua a ser combustível e suporte para o grão. 

E não sobem só os futuros do óleo de soja em Chicago, mas dos óleos vegetais de uma forma geral, como ganhos que se deram na China, e para o óleo de palma na Malásia. “O óleo de palma está no maior nível desde abril”, afirma o time da Agrinvest Commodities. 

Ainda de acordo com a análise da consultoria, entre os pontos que estimulam o avanço dos óleos estão o petróleo acima dos US$ 83,00 por barril, o aumento do uso do óleo de soja para a produção de biodiesel nos EUA, a produtividade menor das palmeiras malaias e indonesias e as posições vendidas por parte dos fundos investidores no óleo de soja. 

Todavia, embora o óleo venha com um fôlego adicional aos preços da soja em Chicago, os olhos do mercado estão, em sua maior parte, voltados para a nova safra dos Estados Unidos. E essa atenção a uma possível safra cheia norte-americana 2024/25 trouxe uma limitação – e até um arrefecimento dos ganhos entre os futuros da oleaginosa. 

O último reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma manutenção do índice de lavouras em boas ou excelentes condições em 67%, enquanto o mercado esperava 66%. Embora não tenha vindo a diminuição, o número também não foi elevado, o que também dá espaço de suporte aos preços.

Assim, o clima no Meio-Oeste americano permanece no centro das atenções dos mercados, com atenção as chuvas irregulares nas próximas semanas, bem como a temperaturas mais brandas esperadas para todo o cinturão. Os mapas atualizados e reportados nesta terça-feira pelo Commodity Weather Group apontam chuvas melhor distribuídas no período de 2 a 6 de julho, com temperaturas abaixo da média para alguns estados produtores. 

“As chuvas no Meio-Oeste reduzem a seca para algo como 10% e 15% das áreas de soja e milho dos EUA, ou até menos, nesta semana”, afirmam os especialistas do CWG. 

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Mapas: Commodity Weather Group

Já entre os dias 7 e 11, as chuvas estarão mais concentradas na região sudeste dos Estados Unidos, se distanciando das áreas-chave de produção norte-americanas, enquanto as temperaturas deverão ficar dentro do normal para a o período. 

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Mapas: Commodity Weather Group

No período de 12 a 16 de julho, as chuvas ficam ainda mais esparsas, mas as temperaturas dentro da normalidade. 

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Mapas: Commodity Weather Group

Ainda nesta terça-feira, o mercado esteve também muito atento ao dólar, que voltou a renovar suas máximas. Depois de ter batido os R$ 5,70, a moeda americana devolveu tímida parte dos ganhos, atuando nos R$ 5,68, porém, ainda subindo. 

 

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