As baixas na Bolsa de Chicago para os preços da soja não só continuam, como se intensificam de forma bem intensa na tarde desta quarta-feira (17). Perto de 13h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 12,75 e 17,75 pontos, com a pressão mais agressiva nos contratos mais próximos, levando o março a US$ 12,09 e o maio a US$ 12,22 por bushel.
Segundo as análises da Agrinvest Commodities, há uma combinação de fatores pesando agora sobre os preços da soja na CBOT, incluindo as boas perspectivas para a produção argentina, a falta de consenso sobre o real tamanho da safra do Brasil e a demanda chinesa mais contida agora.
“As vendas da China estão realmente fracas. Os prêmios continuam caindo no destino, o que acaba derrubando os prêmios por aqui também”, afirma a equipe da consultoria. “A soja americana está muito cara. O programa começou menor e a Sinograin encerrou suas compras nos EUA na virada do ano. Quem vai comprar soja americana? Fato é que hoje os EUA está muito mais para virar importador de soja do que exportador devido ao diferencial de preço em relação ao Brasil”, epxlica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest.
O clima na América do Sul permanece como fator central de monitoramento dos traders, uma vez que muito da safra brasileira ainda está por se desenvolver, a colheita está na fase inicial e, na Argentina, a produção caminha bem. Assim, as condições de clima serão um direcionador importante para as cotações, já que trarão sinais mais claros sobre a oferta.
E embora ainda cedo, os traders começam também a abrir espaço nos radares às informações da safra 2024/25 dos EUA, em especial sobre como está sendo, ao menos por enquanto, o retorno financeiro de soja e milho e como isso irá impactar as decisões dos produtores americanos.