O mercado da soja estende os ganhos da sessão anterior e opera em alta na Bolsa de Chicago nesta manhã de sexta-feira (3). Os preços subiam de 6,75 a 12 pontos, recuperando os US$ 12,00 por bushel nos contratos mais negociados, refletindo uma combinação de fatores, entre eles a chuvarada intensa no Rio Grande do Sul. Perto de 7h10 (horário de Brasília), o maio valia US$ 12,02 e o julho e o agosto tinham US$ 12,06 por bushel.
As cheias no estado gaúcho trazem preocupação e volatilidade ao mercado, uma vez que há ainda pouco mais de 30% de área de soja a ser colhida no estado e a pergunta agora é qual será o tamanho da quebra. Todos os problemas logísticos também trazem grandes preocupações, uma vez que Rio Grande é um dos portos mais movimentados do país, importante porta de saída da oleaginosa brasileira.
Os primeiros dois mapas mostram a previsão de chuvas para 3 a 11 e, na sequência, para 11 a 19 de maio, confirmando mais volumes sendo esperados para o Rio Grande do Sul nos próximos dias.
O clima nos EUA e a previsão de chuvas também intensas por lá são mais um fator de atenção, uma vez que ao se confirmarem, poderiam diminuir o ritmo do plantio no país. Veja o mapa indicando as precipitações para os próximos 7 dias:
Do mesmo modo, os traders ainda monitoram também o comportamento dos derivados, com atenção especial ao farelo nestes últimos dias. Depois de mais de 4% de alta na sessão anterior, mais ganhos superando 1% na CBOT se registram mais uma vez na manhça desta sexta-feira.
“O mercado de farelo na América do Sul passa por um perfeito short squeeze de curto prazo. No Brasil, as margens estão ruins e a conversa de parada para manutenção mais cedo está crescendo. A quebra de safra no Rio Grande do Sul e os problemas logísticos podem reduzir de curto prazo a disponibilidade externa e interna. Na Argentina, as greves que podem voltar para a semana que vem e o baixo farmer selling são fatores importantes”.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira: