O mercado da soja continua caindo na Bolsa de Chicago na manhã desta quarta-feira (3), porém, de forma mais contida e limitada, após baixas muito agressivas na sessão anterior. Os futuros da oleaginosa, por volta de 6h40 (horário de Brasília), perdiam entre 1,50 e 3,75 pontos, levando o janeiro a US$ 12,72 e o maio a US$ 12,77 por bushel.
Segundo explicam analistas e consultores, os negócios com a soja na CBOT foram retomados neste ano de 2024 sentindo a melhora do clima no Brasil, com chuvas melhores chegando a regiões importantes de produção. No entanto, as primeiras colheitas que começam a acontecer – em especial no Mato Grosso – mostram índices bastante irregulares de produtividade, o que mantém o mercado ainda bastante incerto sobre o tamanho da safra da América do Sul, em especial a brasileira.
“Vejamos como vêm, do lado da oferta, essas revisões” que as estimativas de safra podem sofrer nas próximas semanas, explica o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin. Nesta terça (2), a StoneX revisou seu número trazendo a projeção para 152,8 milhões de toneladas.
E as previsões seguem indicando a continuidade de boas chuvas para boa parte do território brasileiro, porém, as mesmas chegam um pouco tarde para algumas áreas de produção.
Assim, os traders esperam também pelos novos números que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trazem nos dias, respectivamente, nos dias 10 e 12 de janeiro. As expectativas, no entanto, são de que, neste caso, as revisões de safra sejam menos agressivas.
2024 também começa com atenção à demada chinesa, que se mostra menos presente e trazendo com ela preocupações em torno da economia do gigante asiático.