Os preços da soja operam com baixas de dois dígitos nos principais contratos na Bolsa de Chicago nesta manhã de terça-feira, 1º de outubro. Por volta de 6h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 11 a 11,50 pontos, com o novembro valendo US$ 10,45 e o maio, US$ 10,90 por bushel. A soja acompanhava um movimento de perdas generalizadas entre as commodities – agrícolas, energéticas e metálicas – liderando as perdas entre os grãos na CBOT.
Enquanto os futuros da oleaginosa cediam mais de 1%, os do milho caíam pouco mais de 0,4% e os do trigo, 0,7%. No complexo soja, quem recuava de forma mais intensa era o óleo, que operava com mais de 2% de queda, enquanto o farelo, na esteira das baixas, tinha 0,2% de perda.
Os mercados registram uma terça-feira de maior aversão ao risco, com o petróleo, por exemplo, trabalhando com baixas de mais de 1%, tanto no brent, quanto no WTI, bem como o gás natural. Buscando segurança, os investidores parecem olhar para o ouro, que subia cerca de 0,3%, e no dólar, com o index subindo também 0,3%.
Os olhos do mundo seguem atentos aos juros nos EUA e a possibilidade de um novo corte vir pelo Federal Reserve depois de sua próxima reunião, trazendo impacto para todos os mercados. Do mesmo modo, apesar do feriado nesta semana por lá, a China também atrai atenção, com os players buscando entender como será a implementação de seu amplo pacote de estímulo à economia recentemente anunciado.
Entre os fundamentos, parte das baixas da soja são reflexo do bom avanço da colheita norte-americana que, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), chegou a 26% da área até o último domingo (29). O índice supera o ano passado e a média das últimas cinco safras.
Ainda no horizonte dos traders permanece a oferta de derivados, a logística americana com a greve iminente nos portos da costa leste e do Golfo, bem como o clima para o plantio nos EUA, que ainda não traz condições suficientes para permitir um bom avanço dos trabalhos de campo.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira: