Soja opera estável em Chicago, pressionada pelo farelo; ganhos do petróleo e grãos limitam baixas

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago caminham na contramão dos demais mercados e operam em campo negativo na tarde desta quarta-feira (2). Por volta de 13h40 (horário de Brasília), as baixas variavam entre 3,25 e 5 pontos nos principais vencimentos, com o novembro valendo US$ 10,52 e o maio a US$ 10,99 por bushel. 

Ao mesmo tempo, os futuros do milho e do trigo trabalhavam em alta, bem como os do óleo a de soja, subindo mais de 1,8%, acompanhando o rally do petróleo, iniciado ontem após a escalada das tensões no Oriente Médio. Apesar de bem mais tímidas do que as observadas mais cedo – de mais de 2,5%, brent e WTI ainda operavam com ganhos, que variavam de 0,3% a 0,4%, e o barril do brent valendo US$ 73,39.

De outro lado, porém, os futuros do farelo de soja despencavam quase 2%, pesando sobre as cotações do grão e limitando as possibilidades de alta ao lado dos demais mercados. 

“O farelo de soja lidera as perdas em Chicago, pressionando as cotações do grão na CBOT. O clima no Brasil também segue no radar e a alta do óleo de soja hoje limita perdas mais intensas”, informam os analistas da Pátria Agronegócios em seu reporte diário de mercado. 

TRIGO LIDERANDO AS ALTAS

Entre os futuros do trigo negociados na Bolsa de Chicago, as altas passam de 2% entre os contratos mais negociados. Assim, perto de 14h20 (Brasília), o dezembro tinha US$ 6,13 e o maio/25, US$ 6,47 por bushel. O movimento puxa o milho, que sobe mais de 0,7%, trazendo o vencimento dezembro a US$ 4,23 e o maio/25 a US$ 4,58 por bushel. 

“O trigo acaba acompanhando a alta do petróleo diante das incertezas com o abastecimento de trigo na região (do Oriente Médio) e com as dificuldades com a logística, uma vez que o conflito pode interromper o tráfego do Canal de Suez, rota bastante utilizada para o escoamento do trigo da região do Mar Negro”, explica o time da Agrinvest Commodities. 

Os ganhos trazem ainda reflexos das preocupações com as novas safras de inverno da Rússia e da Ucrânia, em especial russa, em função das adversidades climáticas enfrentadas pela região, por conta do tempo muito seco, o que também traz estímulos ao mercado. 

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