O mercado da soja na Bolsa de Chicago passou a operar com estabilidade, oscilações bastante limitadas, mas testando os dois lados da tabela nesta tarde de segunda-feira (30), após a divulgação dos estoques trimestrais de grãos norte-americanos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números ficaram dentro das expectativas e, por volta de 13h10 (horário de Brasília), as cotações trabalhavam em campo misto, com uma pequena baixa de 0,50 ponto no novembro, para US$ 10,65, e uma leve alta de 2 pontos para o maio, que chegava a US$ 11,09 por bushel.
Os estoques trimestrais norte-americanos de soja foram reportados em 9,31 milhões de toneladas, consideravelmente maiores do que os de setembro de 2023, de 7,18 milhões. As expectativas do mercado variavam de 8,79 a 12,06 milhões. Em junho, os estoques dos EUA da oleaginosa eram de 26,40 milhões de toneladas.
As expectativas eram de que, de fato, o impacto dos números trazidos hoje pelo USDA seria limitado, como se deu. Segundo explica o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, o clima no Brasil ainda adverso se mantém como a peça-chave para o mercado da soja nesta momento. A falta de chuvas consistentes, frequentes e bem distribuídas no Brasil continua preocupando, atrasando o plantio e trazendo um suporte importante ao mercado.
A possível greve nos portos da Costa Leste e do Golfo nos EUA, podendo chegar às ferrrovias, que deve começar nesta terça-feira, 1º de outubro, também está na pauta, porém, também com efeitos contidos, ao menos neste momento.