O mercado da soja voltou a perder força na Bolsa de Chicago e passa a operar em baixa na sessão desta sexta-feira (4). Perto de 12h10 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa recuavam entre 4,75 e 5,75 pontos, com o novembro valendo US$ 10,41 e o maio, referência para a safra brasileia, sendo cotado a US$ 10,87 por bushel. Os preços do grão acompanham as perdas que se dão também entre os derivados.
Ambos perderam força também, depois de subirem mais de 1% pela manhã e, no início da tarde, o óleo recuava 1,3% para 43,96 cents de dólar por libra-peso, enquanto o farelo perdia 0,7% para valer no primeiro contrato US$ 330,10 por tonelada curta.
Os mercados continuam muito tensionados, porém, passam por ajustes e correções depois das movimentações agressivas que registrou durante os últimos dias.
Para a soja, além da movimentação dos derivados e das questões geopolíticas, o clima no Brasil segue de perto monitorado. A atenção permanece sobre as previsões de chuvas para a segunda quinzena de outubro, as quais deverão chegar em regiões importantes de produção, com maiores abrangência, frequência e volumes, permitindo um avanço do plantio.
Segundo afirma o agrometeorologista da Zeus AgroTech, Lanzoerques Júnior, as chuvas deverão começar a chegara para o Brasil central a partir do dia 8 de outubro, e vão se intensificando com o passar do dias, em especial na segunda quinzena do mês. As precipitações, além de mais abrangentes, deverão também ser mais volumosas e frquentes.
Acompanhe a previsão detalhada:
Além disso, o dólar chegou a subir forte frente ao real, depois foi perdendo força, mas também pesou sobre as cotações ao longo do dia.
“Os futuros do grão operam sem impulso nesta sexta em Chicago. O avanço da colheita nos EUA e o cenário climático no Brasil são as atenções do mercado. Nova venda avulsa de soja soja-EUA para China confirmada hoje”, informou a Pátria Agronegócios em seu reporte diário de mercado.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou vendas de 116 mil toneladas de soja da safra 2024/25 para a China nesta sexta.