Os futuros da soja trabalham em campo negativo na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (20), na volta do feriado do Juneteenth comemorado ontem nos EUA. Perto de 11h (horário de Brasília), as cotações recuavam ente 4 e 11,50 pontos, com o contrato julho sendo cotado a US$ 11,70 e o novembro, referência para a safra americana, US$ 11,20 por bushel.
As baixas mais intensas continuavam a ser sentidas pelos vencimentos mais distantes.
“Dada a perspectiva de uma safra nova que pode ser recorde e a baixa demanda para a safra celha, o mercado vem penalizando o contrato novembro – que representa o contrato de safra para o produtor norte-americano – como maior peso na curva”, afirma o time da Agrinvest Commodities. Assim, o indicativo testa suas mínimas em maio de 2023 e dezembro de 2021 ao chegar aos US$ 11,20.
O mercado retoma os negócios ainda de olho nas condições de clima no Meio-Oeste americano, as quais seguem favoráveis e mantendo no mercado as expectativas de uma boa safra 2024/25. Ao mesmo tempo, o atraso no programa de exportações, que é um dos maiores em 20 anos, também pesa sobre os preços.
Outro fator que também permanece no centro das atenções dos players é a intensa valorização do dólar frente ao real. A moeda americana segue em forte movimento de alta, superando os R$ 5,40, o que deixa a soja americana menos competitiva e a brasileira ainda se mostrando a mais atrativa no mercado disponível.
Nesta quinta-feira, mesmo com uma correção da divisa depois das últimas altas, ela segue acima dos R$ 5,40, sendo cotada a R$ 5,42 e com um recuo de 0,5%.